Quase 5 anos depois de Creed II, Michael B. Jordan está de volta às telas de cinema como Adonis Creed em Creed III e dessa vez ele também assume a direção do filme fazendo a sua estreia como diretor.
Apesar de ser um iniciante na carreira de diretor ele cumpriu a difícil tarefa de fazer de Creed III muito melhor que os dois primeiros, fica claro durante toda a obra sua paixão pela história do personagem trazendo uma profundidade muito maior do que os outros longas já tinham.
A obra não é um simples filme de ação, a saga de “Creed” sempre foi uma história sobre superação, mas dessa vez o filme também aborda a ansiedade, medo do futuro e culpa pelo o passado.
O longa conta com diversas cenas feitas em língua dos sinais, pois a filha de Creed é deficiente auditiva, os atores realmente tiveram que aprender como falar a língua para as filmagens o que faz o filme ser ainda mais inclusivo.
A fotografia do filme é maravilhosa, existe um jogo de cores no momento de abertura das lutas e tem cenas de treinamento no deserto. O roteiro do filme foi feito por Keenan Coogler (Space Jam: um novo legado), Ryan Coogler (Pantera Negra e Creed) e Zach Baylin (King Richards).
As cenas de luta estão mais reais do que nunca e ainda mais bonitas com closes incríveis e trechos em câmera lenta, Jordan havia dito em entrevistas que se inspirou em animes para fazer as cenas de lula em Creed III.
A trilha sonora definitivamente é um dos pontos altos do filme, ela carrega a maioria das cenas com perfeição, o uso de músicas complementa a história trazendo ainda mais sentido para tudo que está acontecendo. A trilha foi produzida pela gravadora Dreamville, os artistas presentes na trilha vão desde Dr. Dre até Kehlani.
O elenco do filme conta a atuação brilhante e tocante de Jonathan Majors (Lovecraft Country e Loki), um dos novos queridinhos de Hollywood, ele dá vida ao antagonista Damian. Tessa Thompson (Thor: Ragnarok e MIB: Homens de Preto Internacional) retorna como Bianca, a esposa e mãe da filha de Creed, Amara, que é interpretada pela incrível atriz mirim Mila Davis Kent, ela realmente é deficiente auditiva.
Creed III tem potencial para ser o melhor filme da franquia, no entanto pode acabar decepcionando quem está indo apenas pelas cenas de ação, pois o filme tem muito mais cenas de diálogo do que brigas em si, porém não falha em agradar ao público geral.