Talvez uma das coisas mais interessantes a se falar sobre Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é a ideia de que a Marvel deu um grande passo a tentar se distanciar o máximo que pode da formula Marvel convencional.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura começa elétrico e, com uma aventura já contada a partir do seu final, talvez seja inteligente destacar que por mais que Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) seja o personagem-título do filme, quem domina a trama é a Feiticeira Escarlate de Elizabeth Olsen, que tem uma das melhores atuações do MCU até este momento.
Apesar de que a sensação destoante do resto da produção que o filme causou em mim, é justamente por causa do roteiro. O filme não peca pela falta de criatividade, mas parece que a criatividade foi propositalmente limitada. Pensem, o Multiverso é um conceito até mesmo científico para falar sobre versões da Terra onde eu e você podemos ser pessoas iguais somos aqui, mas com vidas totalmente diferentes. Partindo disso, faltou explorar mais estes universos alternativos, ninguém (acredito eu) iria reclamar.
Apesar da trama se limitar em si mesma pela história apresentada, ela poderia ser maior e melhor, FALTOU UM SALZINHO.
A direção de Sam Raimi (sim, o homem que apareceu em um clipe do filme correndo 4 vezes do mesmo ponto, está na versão final do filme) é uma das mais diferenciadas do MCU, pois não polpou ninguém. Com cenas de terror (não horror) e mortes ao estilo The Boys, Sam Raimi coloca Doutor Estranho no limite da classificação para crianças, talvez, seja o filme mais pesado do MCU.
Sam Raimi também soube hipnotizar os fãs com os Illuminati, mesmo que nem todos os membros fundadores estejam lá, mas Patrick Stewart brilha como Xavier.
Os efeitos visuais de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura são espetaculares e adorei a conclusão dada no filme – teve um furo de roteiro que percebei, mas só isso – dadas as circunstancias do MCU e do seu tempo em atividade, dá pra relevar.