Duna conta a história de ascensão de Paul Atreides, filho de Leto, duque que é convocado pelo Imperador a explorar Arrakis, planeta com dunas que possuem uma especiaria que é vista como o maior produto para viagens intergalácticas.
Quando anunciado, logo veio o nariz entortado por conta de uma dificuldade enorme de contar a história de Frank Herbert. A história já havia sido adaptada por David Lynch na década de 80. Dessa vez dirigido por Denis Villeneuve, Duna traz um elenco galáctico para contar essa história.
Villeneuve, pra muitos, ainda não fez um filme ruim, em Duna não é diferente. Um espetáculo visual do começo ao fim, tanto na fotografia como nos efeitos visuais. Temos aqui um enorme concorrente ao Oscar nas categorias técnicas no próximo ano.
Como um grande fã dos livros de Duna, ainda estava um pouco receoso com a escalação de Timothee Chalamet como Paul Atreides. Após ver o filme, realmente não consigo mais ver o protagonista sendo vivido por ninguém.
Temos também um grande número de minutos para Rebecca Ferguson como Lady Jessica, uma das mulheres mais influentes das obras de ficção científica em toda a literatura e que aqui é tratada da maneira que precisa e é brilhantemente vivida por Ferguson.
Temos pouco espaço para outros personagens, como é o caso de Chani (Zendaya), Duncan Idaho (Jason Momoa) e Glossu Rabban (Dave Bautista).
O longa tem duas horas e meia que, ao meu ver, é demais. Tem coisas que podem ser “enxugadas” no filme, mas entendi a ideia da divisão de duas partes da história. O meu ponto negativo nisso tudo é a definitiva interrupção que a história tem e o enorme gancho para uma segunda parte. Se a Warner não realizar a segunda parte, será o maior crime da história do cinema.
A história é bastante explicativa sem ser expositiva, é muito acessível e pouco complicada (diferente do livro).
Se possível, com segurança, veja em uma sala IMAX pois sua experiência será incrível.