Eles são os piores dos piores ou nem tanto assim?
Um dos grandes lançamentos do ano finalmente chegou às telonas, e como quase tudo o que a Warner Bros/DC Enterteinament vem lançando, abalou o mundo nerd.
Esquadrão Suicida tem como premissa a junção dos piores vilões da terra, que sob ordens do governo, realizam missões em troca de uma diminuição de sua sentença.
Primeira Crítica Esquadrão Suicida
O filme tem um começo muito bom, que prende a atenção e faz com que o telespectador queira ver mais dos vilões que ali estão. Em seu início, somos apresentados as circunstâncias pelos quais a nossa tropa acabou sendo presa, e é em seu primeiro ato que temos os melhores momentos do filme, com os melhores diálogos e motivações, onde tudo é sustentado pela força do seu elenco, que nos entrega bons atritos e, somados de uma ótima trilha sonora, nos faz realmente acreditar que ali temos as piores pessoas da terra e que terão que trabalhar realmente forçados. Só que termina por aí, pois a partir do momento em que conhecemos os personagens, o longa se perde em clichês atrás de clichês, momentos comédia totalmente forçados, amizades de uma vida criadas em cinco minutos e, por fim, acaba contradizendo seu próprio roteiro, pois esquece de sua premissa básica e tenta nos mostrar que no final, os piores dos piores tem um bom coração incompreendido.
Esquadrão Suicida possui uma trama completamente contraditória, confusa e clichê, com cortes mal executados e sequências mal trabalhadas tirando assim o telespectador de sua experiência. O longa tenta ser despretensioso, leve, mas perde o rumo em diversos momentos, alternando descontroladamente seu tom e ritmo, o que acaba desfocando seus personagens no meio de outra cidade sendo invadida por um feixe de luz e um vilão megalomaníaco e genérico, derrotado de forma preguiçosa.
Como dito anteriormente, o filme em diversas vezes é sustentado pela força de seu elenco, que vê em Will Smith o protagonismo necessário para liderar a equipe e, a mistura de uma boa atuação do ator somado de um bom arco pessoal, sociopatia e momentos de descontração na hora certa, resulta em um ótimo e diferente Pistoleiro.
Outra que rouba a cena é Margot Robbie como Arlequina, uma personagem completamente louca, crível, sexy e interessante que, com excelentes momentos na trama, nos entrega um dos melhores arcos do filme e nos faz querer ver mais dela em um futuro próximo.
Pois é, a Margot foi uma das gratas surpresas desse filme, e só não foi a melhor em cena pois tínhamos alguém chamada Viola Davis, que é manipuladora, fria, cruel, estrategista e completamente palpável, tudo isso muito bem entregue por uma ganhadora de Oscar.
O resto dos personagens com a exceção de El Diablo que ainda sustenta uma motivação pessoal interessante, mas que acaba se perdendo, são completamente descartáveis na trama. Killer Croc, Katana, Amarra e Capitão Bumerangue nos levantam a seguinte pergunta: Por que eles estavam ali mesmo? Não seria mais fácil seguir o conselho de Rick Flag e procurar por soldados muito bem treinados?
Já Joel Kinnaman como Rick Flag é autoritário, tem presença e realmente nos faz acreditar em sua pericia em combate, mas infelizmente, acaba caindo na velha e preguiçosa motivação do mocinho que faz de tudo pela mocinha e perde o brilho perante o protagonismo de Will Smith.
Recheado de clichês e com problemas de edição, que alterna entre momentos bons e divertidos, Esquadrão Suicida é mais um filme mediano e divertido mas que como peça de um universo cinematográfico é completamente esquecível e sem brilho.
Revisado por: Bruna Vieira.