Godzilla II: Rei dos Monstros é o maior lançamento desta semana e, talvez, o mais fraco entre os mais badalados dos últimos dias – como Aladdin, John Wick 3 e Rocketman.
A produção da Warner é a sequência do filme Godzilla, lançado em 2014, onde a composição humana era importante para o desenrolar da história.
Já este segundo capítulo peca em querer se levar muito a sério. O quê não é ruim, mas quando se tem um roteiro e tenta dar a ele um toque de realidade, com a ideia de que “isso pode ser perfeitamente possível”, é preciso ser detalhista mais que o normal… e aqui estamos diante de um filme que peca pela falta de detalhes.
O roteiro não incendia nem no inicio, nem no meio ou no final. Ele tenta, mas não cola. Infelizmente, o filme derrapa no drama humano, pois você acaba não se importando tanto com os personagens ali envolvidos. Até mesmo a motivação do verdadeiro vilão do longa se mostra frágil.
Há partes ali que podem deixar o espectador confuso: ora o governo gostaria de tomar o controle do tal Projeto Monarca (vemos que até mesmo o general do longa anterior voltou para duas cenas). Por outro lado, militares já mandavam na entidade supostamente privada. Aliás, isso é um problema desde o primeiro filme: como o governo quer tomar o controle daquilo que já é dele?
No elenco temos nomes como Vera Farminga (Bates Motel), Millie Bobby Brown (Stranger Things) e Kyle Chandler (Bloodline) interpretando membros de uma mesma família e que acabam se envolvendo com os monstros. Infelizmente, o drama retratado na tela por eles não convence. O chato é ter que esperar estas coisas se resolverem para ver as estrelas do filme de verdade: os Titãs. Charles Dance (Game Of Thrones) aparece tão pouco que nem vale uma análise. É possível que o público praticamente não se importe nem com as mortes que, por ventura, acontecem.
Felizmente, o filme é salvo pelos verdadeiros reis – os monstros, como o próprio Godzilla, se apresentam de maneira grandiosa na tela do cinema. Os efeitos visuais, assim como a direção de arte, está incrível e é o ponto alto da atração.
O diretor Michael Dougherty (Krampus: O Terror do Natal) entrega possivelmente o filme mais fraco (porém não é ruim) dos maiores lançamentos desta última e atual semana, o que pode frustrar muitos espectadores no cinema infelizmente, uma vez que a aventura tinha tudo para ser uma das melhores.