Confesso que fui para Minions 2: A Origem de Gru sem muitas expectativas e sai bem leve, dei gargalhadas e fiquei emocionada vendo o amadurecimento de criaturas tão fofas e “malvadas” na tela.
Acredito que esse segundo filme dos Minions, mesmo tendo um roteiro bem feijão com arroz de filme infantil, tem três vezes mais trama que o primeiro e tenta (arduamente) conectar pontos com o primeiro filme da franquia, Meu Malvado Favorito.
O primeiro filme dos Minions focou bastante em explicar a necessidade dos capangas amarelos em achar um chefe para servir. Ali, conseguimos notá-los ao longo da história e ganhamos várias informações sobre sua fisiologia e humor.
Então a história terminava com eles entendendo que, além de achar um chefe poderoso e inteligente, eles tinham que achar um chefe que se unisse a eles fielmente. E, no finalzinho do filme, eles encontram um guri que sonha em ser um super-vilão e vira finalmente o “mini-chefe” (leia com a voz deles e se encha de fofura!).
Então neste segundo longa, a conexão entre os Minions e o mini-chefe (Gru) está sendo criada. Depois dos acontecimentos vistos no primeiro filme, eles simplesmente foram morar no porão de Gru e de sua mãe para ajuda-lo a montar o seu covil de super vilão.
Paralelo a isso, a gente conhece de maneira íntima os vilões favoritos do jovem Gru: o Sexteto Sinistro, vilões que tem o gingado dos anos 70 de maneira bem caricata e com nomes que rendem gargalhadas. Aliás, palmas para a equipe que traduziu os nomes dos vilões que compõem esse grupo: FICOU SENSACIONAL!
Além de entender melhor a infância de Gru, ver toda a falta de atenção e reconhecimento que sua mãe lhe dava (mostrado rapidamente em Meu Malvado Favorito), vemos o que viria a se tornar o mentor de Gru e eu achei que escolher Alan Arkin para o papel foi genial, já que ele já estava habituado em papéis tragicômicos de mentor – vide Pequena Miss Sunshine. Gesteira também faz um ótimo trabalho em trazer esse tom para o humor brasileiro.
A trama se desenrola quando Gru tem uma oportunidade de se juntar ao seu grupo de vilões favoritos e isso pode afetar a conexão dele com os minions. Graças a esse evento, conseguimos ver cameos de personagens da trilogia original, como o pai de Vector ou mesmo Silas Bundovisk, chefe da Liga Anti Vilões. Mas de todos, meu favorito foi mostrar como Gru e Dr. Nefário se conheceram… dá um quentinho no coração.
As piadas de Gru, sempre de tiozão desde pequeno, foram um alívio cômico como sempre. Mas um ponto me incomodou: usar a mesma dublagem de Gru adulto para Gru criança, seja em áudio original ou dublado… Ficou estranho. Óbvio, ficou similar ao nosso Gru, mas conseguíamos notar o desconforto na voz.
Resumindo… Minions 2: A Origem de Gru é um filme leve e talvez este tenha sido o momento mais oportuno para lançamento, onde todos estamos cansados de tramas muito reais e duras em meio a essa realidade louca. Minions 2 é tranquilo, com uma trama corrida, animada, contagiante e emocionante. Vale a pena conferir com a família!