O Urso é, inegavelmente, um sucesso. Com três temporadas lançadas e a quarta já confirmada (alguns sites afirmam que já foi gravada), O Urso é um sucesso de público e crítica. Tenho observado comentários bastante divididos sobre o terceiro ato da história e já digo: aqui terá a opinião (sem spoilers) de uma pessoa que amou a temporada.
Uma marca forte da série é o ritmo acelerado dos episódios e a explosão de conflitos que culminam, no mínimo, em uma taquicardia no espectador. Curiosamente, essa temporada tem um ritmo completamente diferente. Embora caminhe com os mesmos conflitos, a forma de apresentá-los na narrativa se dá em outro viés: os atritos estão ali, porém o ápice é muito mais sensorial ao espectador do que uma explosão entre os personagens, como usual.
No primeiro episódio da terceira temporada de O Urso, somos convidados a contemplar a complexidade, sensibilidade, bagagem e emoções de Carmy de forma tão singela, que o único papel que nos cabe é sentir. E, justamente, esse sentir que nos acompanha em todos os episódios, nos pequenos protagonismos de personagens coadjuvantes.
Os dez episódios são construídos e concatenados para a mesma direção dos anteriores, mas numa velocidade totalmente contrária. É uma temporada para ser saboreada, elaborada de forma profunda em nosso cerne.
Não há um grande ápice, observamos ali situações com as quais nos identificamos ou não, que nos provocam emoções ou não. E, principalmente, que humanizam ainda mais aquelas pessoas e histórias.
Me propus a escrever sem spoilers dos episódios e vou me manter firme a esse propósito, mas preciso pontuar que o episódio dirigido por Ayo Edebiri (atriz que interpreta Sidney) ganhou o meu coração.
Em resumo, uma forma de definir a atual temporada é como um interlúdio entre a temporada anterior e a próxima. Vejamos o que reserva a quarta temporada, chefs!