Uma professora é chamada para dar aulas particulares a uma menina órfã que mora em uma mansão isolada. Logo o irmão da garota volta para a casa e a professora começa a experienciar situações sobrenaturais. Dirigido por Floria Sigismondi (The Runaways), The Turning é um filme baseado no livro de Henry James chamado A Volta do parafuso.
Kate (Mackenzie Davis) tenta conquistar o afeto dos irmãos Miles (Finn Wolfhard) e Flora (Brooklynn Prince) e se manter sã em meio às situações que presencia.
O filme começa bem, sem entregar muito ao que se propõe e confesso que até o fim do segundo ato eu ainda estava tentando entender o que ele queria dizer com a mensagem. Que mensagem?
O que se destaca o tempo inteiro é a fotografia, bem voltada pro preto e branco… muitos tons frios e um vermelho forte se destacando em quase todo take, nas cortinas, nas roupas, em detalhes de decoração. Fiquei buscando e tentando entender a razão dessa cor tão forte se destacando e se isso faria diferença pra narrativa. Não fez.
Esse filme pegou bons atores e os fez entregar atuações ruins e vazias. Apresentou uma mansão gigantesca e maravilhosa e eu queria mais era saber a história da casa do que o enredo apresentado.
Talvez a melhor atuação seja a de Barbara Marten, que interpreta a governanta que quase nunca aparece e enquando aparece… é sempre creepy e rancorosa.
As vezes alguns fantasmas aparecem, reflexos nos espelhos, sombras nas paredes e elas não levam a lugar nenhum. Fiquei me perguntando se tentaram fazer a mesma coisa que em A maldição da residência Hill (Série da Netflix), onde alguns fantasmas são colocados só por easter egg. A diferença é que na séria da Netflix o roteiro é bom, então easter eggs funcionam. Já aqui…
Eu não li o conto, então perdão, leitores… falhei na comparação com o filho. Mas como filme em si, é mais um daqueles que vai desaparecer jájá e ninguém vai lembrar. Diz-se isso de filmes estreados em janeiro, são os filmes que precisavam ser lançados pra fazer dinheiro, apenas isso.
No caso de Os Órfãos, além do nome genérico, houve falta de cuidado na finalização. O filme tem 2 finais. Um preguiçoso, mas efetivo… e outro… que nem se deram ao trabalho de fazer. Você sai do cinema se perguntando se é burro e não entendeu o final… ou sai sabendo que o final é que foi burro e as pistas ao longo do filme só se contradizem e o que sobra é um queijo suíço de filme.
Os Órfãos é um filme com ótima premissa… mas que não soube se concluir nem se definir, com fotografia muito bonita e um elenco mal dirigido.Assista por conta e risco, mas nesse tempo de férias… qualquer coisa que você assistir é uma forma de passar o tempo.