O público foi, inegavelmente, levado ao delírio desde o anúncio de um novo longa da franquia Pânico. Os fãs se dividiram entre medo, ansiedade e expectativas para o novo filme, as especulações de ser um reboot ou sequência após 25 anos de sua estreia dominaram a internet.
Introduzindo uma nova geração ao longa Pânico, a narrativa cheia de metalinguagem e sátiras cresce com bastante inteligência e se desenvolve de forma natural, sem tentar forçar o espectador. O elenco novo combina super bem com o tom da história e a presença do elenco veterano igualmente, sem uma discrepância de gerações.
Neve Campbell retorna com seu icônico papel de Sidney, assim como Courteney Cox (Gale) e David Arquette (Dewey) que também nos trazem respostas sobre suas vidas após o último filme, e suas atuações são como se nunca tivessem saído de seus papéis durante esses 25 anos. O elenco novo traz nomes como os de Jenna Ortega (Você), Dylan Minnette (13 reasons why), Melissa Barrera (Vida) e Jack Quaid (The Boys), que se sentem em casa na pacata Woodsboro.
Melissa Barrera merece destaque por sua atuação aqui, consegue desenvolver bem sua personagem sem soar caricato ou com a promessa de ser uma nova Sidney. Se houver continuação da franquia, sem dúvidas a atriz é uma excelente aposta, apesar de não haver ganchos para um novo filme.
Dylan Minnette participa de forma muito divertida de uma homenagem da produção ao falecido diretor Wes, levando seu nome.
Pânico está longe de ser um filme perfeito ou de ter roteiro perfeito, existem momentos em que a sátira fica pesada, e até em tentar forçar uma não sexualização de personagens femininas como era usual na estreia, isso não o torna de forma alguma uma experiência ruim, de certa forma, até ajuda a criar uma identidade para o Slasher e é nítido o protagonismo de todos os personagens de forma igualitária sem vitimizar nenhum gênero.
A trilha sonora ajuda muito a compor os momentos de suspense e a criar as teorias de quem será o assassino contando com muitas referências ao original, durante a execução de cada ato, o espectador recebe um leque de possibilidades, tanto de apostar em quem será o assassino da vez como quem será a próxima vítima.
Esteja preparado para sentir o misto de emoções e nostalgia que Pânico trará a você, para as risadas e claro, os sustos. O longa é uma ótima entrada para outros filmes do gênero que chegam esse ano, e uma expectativa a todos os fãs de que o gênero não morreu e tem muito espaço ainda, além de conquistar o público da nova geração.