As discussões sobre Rambo: Até o Fim já começaram e não pelos motivos que deveriam ser discutidos. Não se esta falando exatamente do filme, mas sim, de como a crítica reagiu a ele.
Ainda não entendi o porque da crítica estar buscando um protagonismo encima da obra dos outros, como aconteceu com um crítico da Folha em Vingadores Ultimato.
A ideia é simples, críticos, principalmente de grandes veículos buscam de todas as formas (nesta nova era das redes sociais) a fama. Tentam se promover encima das suas polêmicas opiniões. Não sei se hoje em dia é uma boa se dizer “crítico de cinema”.
Ver Rambo: Até o Fim não vai tornar ninguém “reacionário” as pessoas que são assim vão continuar sendo, e Rambo: Até o Fim apenas repete a formula de todos os outros filmes da franquia.
Partindo disso, devo dizer a vocês que gostei de Rambo: Até o Fim, inegavelmente o filme tem falhas, mas elas não são ligadas a um pseudo “reacionarismo” ou “violência gratuita” do filme. Rambo V é um filme que busca nos seus antecessores a ideia que originou Rambo, o “apoio ao gov americano”.
Não consigo pensar em como um crítico de cinema pode imaginar que em pleno Rambo: Até o Fim os produtores poderiam colocar o personagem lutando pela legalização da maconha ou atirando em uma foto do Trump.
O roteiro talvez seja a única coisa que causa supresa no filme. Pensando que (pelo trailer) o “herói” iria lutar contra um quartel de drogas mexicano, na verdade ele luta contra um grupo que faz tráfico humano (precisamente de mulheres). Tudo isso porque a sua sobrinha tenta encontrar seu pai no México, que a rejeita.
Devo acrescentar que isso é um direito natural, ou seja, a busca pela sua paternidade lhe faz até mesmo perder a sua dignidade em prol de descobrir quem são seus pais. Vimos isso de forma contraria em Zuzu Angel e em diversos outros filmes. A morte de uma das pessoas mais adoráveis do filme também me causou dó.
No filme Rambo luta contra mexicanos, ora, ele sempre lutou contra os inimigos do povo “americano” e hoje, segundo o governo Trump quem são os inimigos? Isso torna o filme reacionário? Talvez, mas o que esperavam? Ver Rambo: Até o Fim e criticar quem são seus inimigos é a mesma coisa de ver o filme do Titanic e ficar realmente “puto” quando afunda no final.
A direção peca demais, mas duas cenas muito mal feitas me chamaram a atenção. Primeira é uma cena de carro, que da pra ver claramente o fundo verde, e a segunda é uma cena no final que o CGI falha de uma forma que o diretor poderia dizer “só deus pode me julgar”.
Ouso dizer que Paz Vega e Yvette Monreal (Carmem Delgado e Gabrielle, respoectivamente) são as melhores coisas e atuações do filme, na verdade Paz teve poucas cenas e Yvette tem sempre um jeito muito angelical como sobrinha do protagonista.
Sem mais delongas, Rambo: Até o Fim traz o que sempre costuma trazer, belas mortes (dei varias risadas), sangue e um cara capaz de derrotar um exercito, mesmo que isso não tenha qualquer sentido.