Uma história básica quando bem produzida se torna incrível? Nesse caso a minha resposta é sim!
A mais nova aposta do ratão para telonas possui 2h12, tempo que eu sinceramente nem senti passar assistindo essa produção (olha que eu assisti duas vezes). O longa baseado nos quadrinhos do personagem conhecido entre os brasileiros como Mestre do Kung Fu traz uma adaptação engraçada, dinâmica e com lutas muito bem coreografadas.
Shang Chi é a prova que um roteiro simples e sem muitas reviravoltas quando bem executado se torna um grande filme, a dinâmica entre os personagens consegue trazer elementos de urgência e cômicos na medida certa, para aqueles que gostam da fórmula marvel é claro, se você espera algo diferente nesse sentido dessa produção do MCU, não é o caso.
O filme consegue se destacar nos efeitos visuais para construção belíssima de Ta Lo, no figurino, na direção, na trilha sonora, e o que dizer das atuações?
Tony Leung Chiu‑Wai faz um bom trabalho como antagonista, o vilão consegue passar a urgência e emoções que justificam as atitudes que o movem durante a narrativa, seria mais interessante ver o Mandarim em mais tempo tela, um personagem com 1000 anos tinha muito o que entregar.
Meng’ er Zhang no papel de Xialing, irmã de Shang, foi um dos maiores acertos da produção, a estreia da atriz nas telonas começou com pé direito, sua participação (principalmente nas cenas pós créditos) me fez querer ver mais dessa personagem em um filme solo.
E o que dizer da Awkwafina como Katy carregando quase todo alívio cômico nas costas?
A atriz traz uma ótima atuação e eu não esperava menos da Sisu (Raya e o Último Dragão), se tornando uma das personagens mais autênticas que eu já vi em uma produção do MCU apesar da facilitação de roteiro para presença da própria na história.
Shang interpretado por Simu Liu foi o que menos me cativou na história, o ator entrega várias sequências de lutas de “cair o c# da bunda”, entretanto sem a presença cativante da Awkwafina, responsável por tirar bons momentos do personagem, acredito que talvez o ator não conseguiria desenvolver tanta a empatia assim do público com o personagem.