Mesmo perdendo os cinco primeiros minutos do filme (obrigada acidente na Rodovia Presidente Dutra, obrigada trânsito de sempre de São Paulo), Shazam me conquistou na primeira cena (que vi). Uma mistura muito bem feita de humor, ação e relações familiares, Shazam é quase um filme para a família toda (exceto para aqueles que vão ao cinema esperando o tom escuro de Batman vs Superman).
Explorando bem as relações familiares, tanto do lar adotivo quanto de laços sanguíneos, o filme aborda de maneiras simples assuntos como abandono e amizade. O tom leve o faz perfeito para levar toda a família, com risadas garantidas e pontos chaves importantes para a moral da história.
Um show á parte toda a encenação de Mark Strong como Doutor Silvana. É consistente, muito bem feita e de longe a segunda melhor coisa de todo o filme. Vale pontuar sobre o figuro impecável durante todo o longa metragem, não errando uma vez sequer.
E o ponto alto do filme fica com o núcleo Shazam/ Billy e Freddy. Zachary nasceu para o papel, e atualmente não consigo pensar em nenhum ator que sequer pudesse rivalizar com o que foi entregue. Encarnou o personagem com maestria, se familiarizou com a personalidade marcante do herói e entregou mais do que esperávamos.
Asher Angel faz um Billy realista, sendo fácil encontrar traços de personalidade parecidos em nós mesmo. Jack Dylan Grazer é facilmente o melhor entre o núcleo infantil (falarei sobre o resto da família Shazam mais á frente), com piadas pontuadas no tempo certo e grande alteração em expressões que já é uma característica sua.
A família Shazam é um espetáculo á parte. Muito bem caracterizados e com tempo suficiente de tela para me fazer amar cada um deles (Darla, você é minha favorita), fazendo o ponto mais alto do filme. Sem spoilers, apenas preste atenção aos detalhes.
Shazam é um filme que me fez ficar com um sorriso no rosto durante toda a sua exibição (e suas cenas extras). O riso não fica entalado na garganta, sendo solto em vários momentos que ficam na sua cabeça após horas (o meu caso).
Agradeço ao diretor David F. Sandberg pela mão certeira no humor, que soube andar entre o pastelão e o forçado. Mal posso esperar para reassistir.