Apensar de ainda termos a ideia de que as animações perdem qualidade nas suas continuações, Sing 2 é mais uma prova de que é possível manter e até aumentar a qualidade.
Para quem viu o primeiro e se emocionou com as histórias de superação dos personagens e assim como nas competições musicais nos deixam arrepiados com as musicas e apresentações, Sing nos cativou. Porque além de tudo isso, temos muita diversão com as piadas e personagens cativantes que só a animação pode nos trazer.
Em Sing 2 continuamos com a personagem Rosita, interpretada pela atriz Reeser Witherspoon que fez o “Legalmente Loira”, a senhora porquinha com muito filhos. Ela nos mostra a versatilidade e habilidade de uma mãe. E como as mães podem fazer TUDO.
Em questão de roteiro é muito importante ver uma personagem mãe se focar na sua carreira profissional com o apoio da família. E ainda mais da forma como a representam, enfatizando sua personalidade forte. E nesse segundo filme, ela vem com um novo desafio.
Nessa continuação o roteiro consegue ser um pouco mais complexo e emocionante do que no primeiro. Ainda mais com a participação do Bono do U2 como o personagem Clay Calloway, um Leão que se afastou do mundo dos espetáculos devido à morte de sua esposa e musa inspiradora. Muita emoção envolvida em torno desse personagem.
Em Sing de modo geral podemos ver, com todas as qualidades de uma boa animação, os bastidores dos espetáculos, as dificuldades nas lutas de cada um, os improvisos que dão certo e os que não dão… Dessa vez fica claro também que vencer não é só uma questão de talento, mas também de trabalho duro como vemos acontecer com personagem Johnny interpretado por Taron Egerton, ator Galês que fez “Kingsman: O Círculo Dourado”, o Gorila. Ele que no primeiro filme apenas cantava e tocava piano agora precisa aprender outras coisas. E o mais incrível de tudo é a forma como foi colocada uma crítica ao preconceito contra a arte das ruas versos a arte acadêmica e renomada. Sem falar na forma de aprendizado entre essas duas vertentes. Vale muito a pena reparar nesses detalhes.
Outra crítica muito importante acontece em com a personagem Ash, interpretada pela maravilhosa Scarlett Johansson. A porco-espinho roqueira. De forma geral a evolução dos personagens foi muito boa com críticas bem atuais.
Os enquadramentos estão muito bons também, nos fazem entrar no filme como personagens. Vemos isso logo no inicio com uma menção a um clássico da animação.
Como venho falando o roteiro está excelente. A fotografia está ainda melhor do que no primeiro filme, e as músicas também continuam uma escolha perfeita. Nessa animação diferente dos musicais normais, onde as musicas entram no meio do filme somente para o personagem expressar algum sentimento, a música faz parte do filme porque é um filme de musica.
Então os acordes e letras se encaixam no filme perfeitamente tornando-o excitante e apaixonante como em um show ao vivo, e não como um filme musical. Então se você ainda não viu Sing por se tratar de uma animação musical, por favor, abra uma exceção e confira. Ele é muito mais do que isso.