A estreia de direção de longa de Patrick Wilson não deixa a desejar e aplica, por de trás das câmeras, o que aprendeu com a sua marca registrada no terror com James Wan em Sobrenatural: A Porta Vermelha.
Um grande exemplo do bom trabalho de Wilson é que ele faz alguns jump-scares funcionarem, sustos repentinos, diferente de todos os outros da franquia, os quais não conseguiram oferecer isso dignamente. Sem surpreender ninguém, o mesmo apresenta uma atuação experiente e talentosa e um Josh diferente dos outros filmes.
Outro aspecto notável, o ponto forte, é o elemento emocional, Sobrenatural: A Porta Vermelha (Insidious: The Red Door) explora a vulnerabilidade da família protagonista e principalmente o relacionamento complexo entre Dalton (Ty Simpkins) e Josh (Patrick Wilson) e como seus traumas do passado afetam persistentemente suas vidas. Com isso, para os grandes fãs da franquia, pode ser que algumas lágrimas escorrem.
Infelizmente não foi interessante ver a reciclagem da fotografia e estética sinistra retratada por James Wan nos filmes originais, justamente por não ter funcionado tão bem na época, então imagina agora, faltou a inovação nesse sentido para que a tensão e angústia do público aflorasse.
Ty Simpkins (Dalton) está incrível e expressa corretamente a evolução de uma criança para um adolescente, com problemas com o pai, no começo da faculdade. Apostaram em Sinclair Daniel (Chris) como alívio cômico e acertaram, a maioria das cenas da personagem foram acompanhadas de risadas dos telespectadores.