Estrelado por Natalie Portman e Jude Law, Vox Lux é o segundo título de direção e roterização da carreira do ator de Violência Gratuita (versão americana) Brady Corbet. Nele acompanhamos o surgimento e acensão de Celeste (versão jovem interpretada por Raffey Cassidy, versão adulta interpretada por Natalie Portman).
O primeiro ato é um choque absurdo e te impacta para esperar algo diferente do enredo do filme. Principalmente nos tempos atuais e os acontecimentos das últimas semanas no Brasil. Sem entrar em spoilers, esse acontecimento direciona Celeste pra uma situação em que a descobrem como cantora e desde então vemos seu relacionamento com a irmã, os sonhos e primeiros passos para essa nova carreira.
Se você for ao cinema esperando um filme da Natalie Portman e do Jude Law, vai se decepcionar, ela só aparece depois de 1h de filme e o Jude Law é mero coadjuvante… além de nunca envelhecer (sério, é assustador o pulo temporal e ele com a mesma carinha de Alfie irritado).
Grande parte do filme não é sobre o que se passa na tela, diálogos são vistos pelas costas das personagens e fatos importantes entre as passagens de tempo são descobertos através da narração da inconfundível voz de Willem Dafoe.
O bonito do filme está nas nuances, nos devaneios e discursos de uma Natalie histérica. Num desses surtos ela explica a futilidade da adoração à divas, estrelas, rainhas e deusas da música. Em como hoje em dia se valoriza mais quem aguenta engolir isso tudo do que quem tem talento de verdade.
Vox Lux é um filme de passagem de tempo, não tem um grande ápice, um clímax, não tem um vilão a ser derrotado e nem uma boa trilha sonora. Ele só documenta a vida dessa garota e como um fato mudou sua vida e ela se permitiu chegar no ponto em que chegou.
Os últimos 15 minutos doeram pra passar, mas também acredito que essa seja a sensação do filme, ninguém nunca disse que ela era brilhante, letrista e ótima performer… ela só calhou de ficar famosa. (um parêntese aqui pra dizer que a Sia foi produtora do filme… e eu não entendi isso até agora).
Talvez você comece e termine o filme sem ser tocado, Mas nem toda história precisa ser brilhante, você, como espectador, só parou pra ouvi-la.
Assista e volta aqui pra dizer o que achou 🙂