Em “Wifi Ralph“, o vilão simpático deixa o mundo do videogame para se aventurar na internet e conseguir um novo volante para a Corrida Doce e salvar o jogo da melhor amiga, Vanellope von Shweetz.
Na sequência de Detona Ralph, a vida no fliperama se tornou monótona e Ralph está feliz com isso. Porém, é pouco para Vanellope que quer aventuras mais desafiantes que seu jogo concede. Para tentar dar o que a melhor amiga quer, Ralph cria novos caminhos na pista da Corrida Doce, o que acaba quebrando o volante da máquina e deixando todos os personagens do jogo sem teto.
Para resolver isso, eles descobrem que a última peça do volante está à venda em um tal de eBay e os dois embarcam em uma jornada entrando, literalmente, na internet.
O filme possibilita a entrada dos personagens no que seria a internet se pudéssemos visitá-la, dentro do mundo das redes de conexões, dos servidores e dos sites. Como uma cidade, nós vemos o prédio gigantesco que é o Google, o eBay é um enorme galpão de leilões, a Amazon uma loja de departamentos e temos a representação das redes sociais. O Twitter, por exemplo, é uma árvore onde os passarinhos azuis (os usuários) piam e surgem as caixas de mensagens.
Nessa internet, também é mostrado os usuários, que são como Personagens Não Jogáveis. São feitos em pixels e tem a movimentação limitada, que contrasta com o resto da animação.
É divertida a forma como são representados os anúncios que vemos nos sites, e como a crítica ao modo que usamos a internet é feita. Por ser um filme para crianças, tudo isso é muito leve, mas não passa despercebido pelos adultos que irão assistir. O longa também lembra o que eram as conexões discadas e sites antigos.
Por ser uma animação da Disney, praticamente tudo relacionado ao mundo mágico é mostrado no filme. Desde as princesas, passando por Star Wars e chegando à Marvel.
As princesas da Disney, que são mostradas no trailer, fazem aparição em uma cena icônica. Quando primeiro tentam atacar Vanellope, ela logo diz que também é uma princesa e uma série de perguntas surgem. As princesas finalmente acreditam na sua palavra quando ela diz que todos os seus problemas são causados por um homem musculoso. Uma crítica à própria Disney.
Para conseguir dinheiro suficiente para pagar pelo volante, Ralph recebe a ajuda de Yesss, chefe do BuzzzTube (concorrente do Youtube), e faz todo tipo de vídeo para se tornar viral – reacts, receitas, abre caixas de brinquedos e mais. Yesss é uma personagem moderna e extravagante, com muitas trocas de roupa e de cabelo.
Já Vanellope acaba se aventurando pela Corrida do Caos, um jogo que lembra a franquia GTA, e se apaixonando pela imprevisibilidade das corridas. Nesse jogo, conhecemos Shank, uma personagem que não é nem vilã, nem heroína, mas que se destaca pela personalidade e ensinamentos que transmite. No original, quem dá a voz à personagem é Gal Gadot.
Enquanto Ralph quer recuperar o volante para que tudo volta ao normal, Vanellope quer continuar explorando o novo mundo que conheceu e é o que causa o conflito da animação, trazendo danos catastróficos para a internet. Abordando assuntos mais sérios de forma leve, “Wifi Ralph” trabalha questões dos relacionamentos tóxicos, passando a lição que é preciso espaço e compreensão de ambas as partes para uma amizade funcionar.
“Wifi Ralph” foi assistido pelo CDL na CCXP 2018 e garante diversão tanto para crianças quanto para adultos. Com muitas referências e easter eggs, é uma continuação que precisa ser assistida e apreciada.
“Wifi Ralph: Quebrando a Internet” estréia dia 03 de janeiro de 2019, no Brasil.