Estamos diante de estreias importantes no mês, e um retorno gradual ao cinema depois da pandemia, porém existe um fator que faz uma diferença absurda em algumas coisas que pretendo destacar aqui, como a ideia de que muitos críticos querem que o cinema acabe… Sim, o cinema acabe.
O trabalho de escrever críticas sempre foi algo muito celebre, mas que ganhou ainda mais notoriedade com um site chamado Rotten Tomatoes, aonde você ler um pequeno resumo de uma crítica de um critico, mas algumas destas críticas ali citadas são bem estranhas, como as do Adão Negro que um crítico disse “o filme perde muito porque não lida de forma adequada com a questão com oriente médio”, você não tem este fenômeno apenas em filmes de heróis, mas sim em filmes diversos.
Críticos podem ser fulminantes e mordazes… É do jogo, mas ta aí uma coisa que sempre me incomodou demais após a pandemia são frases de críticos (muitos especializados) que escrevem críticas como “não vejam este filme” “não vale seu tempo” “não veja no cinema, veja na Tv”. Nem parece que acabamos de passar por uma crise de saúde mundial que colocou os cinemas em risco e acabou com pequenos cinemas pelo mundo.
Depois estes mesmos críticos reclamam de cinemas estarem dando lugar a igrejas, mas ele mesmo diz para as pessoas não irem mais ao cinema se ele não gostar de algum filme, ou a reclamação mais comum, de críticos estarem sendo substituídos por influencers que estão la só para falar bem do filme porque foram pagos para publi.
Quando um crítico famoso me disse “nem todo o filme merece ser visto”, é uma frase muito difícil de aceitar de um crítico de cinema, justamente porque ele está desconsiderando os cinemas no todo que não é apenas criticar um diretor que ele ideia, mas toda uma indústria que diversas pessoas precisam para sobreviver que vai do astro de cinema milionário, ao caixa do cinema que ganha um salário mínimo.
Todo mundo na indústria sentiu que o cinema precisa de respiro pra voltar. Eu não sei você, mas vejo uma diferença enorme entre não gostar de um filme e incentivar as pessoas a não irem no cinema porque a fotografia de um filme está ruim, ou porque você não gosta de alguém no projeto, quando a indústria está tentando voltar e tentando manter empregos na ponta da lança.
A crítica de cinema Clarissa Kuschnir é uma das poucas que entendeu os momentos que se está passando agora na indústria, pena que nem todos os críticos devem gostar efetivamente de cinema, não é uma questão de falar bem, é uma questão de empatia. Sei que muitos não ligam, mas acho que vale apena tentar.