Um dos diretores mais premiados da atualidade Denis Villeneuve (diretor de Duna, Duna 2 e A Chegada) disse que se computadores forem fazer sozinhos filmes no futuro, vai sentir falta da humanidade nos projetos.
Durante uma reexibição especial do filme Duna: Parte Dois em Londres, Villeneuve deixou sua opinião sobre a questão de projetos de filmes sendo feitos por IA e como veria se um dia filmes fossem feitos somente por elas, sem humanos no processo.
“Eu trabalho com artistas tremendos. A coisa do cinema que eu mais amo é esse ato coletivo de criatividade, onde você tenta fazer poesia…
No final das contas, é cinema, é contar histórias. É muito comovente para mim fazer isso juntos”, disse Villeneuve em conversa com o colega cineasta Joe Wright. “É por isso que, se algum dia inventássemos … você pode criar um filme apenas com um computador, talvez seja interessante em alguns aspectos, mas vou sentir falta do ato coletivo de criatividade, que é tão lindamente humano.”
O diretor que também é formado em biologia falou sobre como sua formação acadêmica o ajudou na formulação dos vermes da areia: “Estávamos realmente obcecados com a ideia de tentar fazer essa fera parecer o mais realista possível”.
Ele e o designer de produção Patrice Vermette pesquisaram diversas espécies animais para determinar a resistência da pele dos vermes ao ambiente inóspito do deserto.
A elaboração da língua Fremen, Chakobsa, recebeu atenção especial. O linguista David J. Peterson criou um idioma completo inspirado nos livros de Frank Herbert, autor de “Duna”, para o filme. Os atores participaram da “escola Chakobsa” para aprenderem a língua inventada.