Temos que pegar, temos que pegar! Po-
Ops, não. Pera, desenho errado! Bem, acho que não é a melhor forma de estrear na minha primeira matéria aqui na Cabana do Leitor, mas enfim… É o que tem pra hoje. Prazer pessoal, eu sou Aimée, tenho 26 anos de vida e 22 de otakices.
Se você tem mais de 25 anos, assim como eu, provavelmente viu Digimon na infância, fosse na Fox Kids ou fosse na Globo com a Angélica vestida de Sora dançando num chroma key, quando todos sabíamos que ela deveria estar fazendo cosplay de Mimi.
Bem, a pergunta que não quer calar: Digimon Adventure 2020, vale a pena?
A resposta curta e simples é: SIM!
Muito à frente do seu tempo quando estreou em março de 1999 na TV japonesa, trazia conceitos digitais que não era tão comuns à época, bom, ao menos para a nossa realidade no Brasil. Afinal, quantas pessoas até então tinham um computador em casa ou navegavam pela internet? Todo o conceito de um mundo virtual, que você poderia ser transportado e ter grandes aventuras ao lado de seres digitais era muito novo para a quase virada do milênio.
O Reboot então fez muito bem a série, já que hoje estamos imersos nessa realidade virtual praticamente todas as horas do nosso dia. A Toei veio preparando o terreno para o reboot desde o anúncio de Digimon Tri em 2015, e tcharam: 2020 não trouxe só a pandemia do Coronavírus, como também meu amado Digimon de volta <3
Atualmente com 15 episódios e com a informação de que a série terá 66 episódios, 12 a mais que o original de 99, quais as grandes mudanças então até aqui?
Aviso de SPOILERS
A partir daqui não tem muito como continuar sobre a série sem trazer seus elementos narrativos. Para quem está acompanhando deve estar tão surpreso quanto eu pela escolha dos roteiristas, de já no episódio 15, os digimons dos 6 digiescolhidos mais velhos, Taichi (Tai), Yamato (Matt), Sora, Koushirou (Izzy), Mimi e Joe já terem atingido suas formas perfeitas.
É, exatamente isso que você leu: MetalGreymon, WereGarurumon, Garudamon, AtlurKabuterimon, Lilymon e Zudomon já fizeram sua estreia no anime que não chegou nem a um terço da exibição prevista. Um tanto chocante para os fãs da obra original, visto que somente depois da metade dos 54 episódios que os estágios perfeitos dos Digimon deram as caras.
Aliás, fica aqui a minha dica: assista os dois primeiros episódios juntos. Eu prometo que você terá uma surpresa de cair o queixo. Uma pista: bem, digamos que os dois primeiros episódios do reboot têm a mesma pegada do filme Our War Game.
Minha maior crítica fica para a ausência de Brave Heart como tema das digievoluções, já que a música interpretada pelo Koji Wada era um marco do anime. Talvez a escolha tenha a ver com o fato do cantor ter falecido em 2016? É possível. Porém a nova música não é ruim, nem de longe! Be The Winners cantada por Takayoshi Tanimoto é maravilhosa, ajudando em vários momentos de auge dos episódios. Quando a introdução começa, você já sente aquele friozinho na barriga de uma bela luta que irá se desdobrar na tela.
O reboot é válido, surpreendente, com uma narrativa nova baseada em uma história que já conhecemos. Assista sem preconceitos e permita que a criança digiescolhida que ainda habita em você se aventure novamente pelo Digimundo!
Afinal: Digimons digitais, digimons são campeões!