A Electronic Arts (EA) ou EA Games uma das gigantes da indústria dos games, enfrentou um baque financeiro no terceiro trimestre de seu ano fiscal. A receita caiu para US$ 1,88 bilhão, abaixo dos US$ 1,94 bilhão registrados no mesmo período do ano passado. O grande culpado? Segundo a própria EA, o baixo desempenho do EA Sports FC e a falta de engajamento de Dragon Age.
Durante uma teleconferência pós-mercado, o CEO da EA, Andrew Wilson, reconheceu que os números ficaram aquém das expectativas. “O Q3 não teve o desempenho financeiro que queríamos ou esperávamos”, admitiu, destacando que EA Sports FC não teve o impacto esperado e que Dragon Age “não ressoou com um público amplo o suficiente neste mercado altamente competitivo”.

A EA Sports FC, que assumiu o legado da franquia FIFA, começou bem, mas perdeu força ao longo do trimestre. Esse tropeço gerou dúvidas entre investidores sobre a capacidade da EA de manter o crescimento da franquia. Wilson, no entanto, minimizou a situação e garantiu que isso é um contratempo temporário, não estrutural. Segundo ele, a empresa precisa focar mais em convencer os jogadores a migrarem para as novas versões do game. Afinal, depois de dois anos de vendas recordes, a expectativa era de que o ritmo se mantivesse.
Outro fator preocupante foi o desempenho de Dragon Age, que atraiu apenas 1,5 milhão de jogadores no trimestre, uma queda de quase 50% em relação às previsões da EA. Para uma franquia com fãs apaixonados e uma expectativa enorme, esses números são, no mínimo, alarmantes.

Diante do cenário, a EA revisou suas projeções e agora estima reservas líquidas entre US$ 7 bilhões e US$ 7,15 bilhões para o ano fiscal de 2025 – uma queda em relação à previsão anterior de US$ 7,5 bilhões a US$ 7,8 bilhões.