Baby Driver (“Em Ritmo de Fuga” em português) é o novo filme de ação que já está em exibição nas telonas do Brasil que conta a história de Baby (Ansel Elgort) um menino que faz jus ao apelido com sua carinha inocente, mas que impressiona nas ruas com sua forma rápida e eficiente de dirigir.
Durante a coletiva na última terça-feira, o assunto principal das perguntas foi justamente a dupla dinâmica que acelera o ritmo do longa: a música e a direção. Sendo que, uma característica quase que permanente na vida de baby é a música, tanto por sua ligação direta com uma das únicas lembranças que tem da mãe, quanto pelo fato de, no acidente que levou seus pais, ter sofrido sequelas auditivas que o deixaram com um zumbido constante nos ouvidos, que é abafado pelas melodias que o acompanham.
A questão em si do problema auditivo do personagem foi algo pouco explorado. Apesar de ter um parceiro de cena com quem fala apenas em sinais, Baby pouco explora a questão de sua deficiência além de ser uma justificativa para a presença constante de sua música.
Quando perguntado sobre como Ansel se sentiu ao sair dos filmes obviamente “adolescentes” para um filme com muita ação, o ator expressou extrema alegria e até brincou que durante o mês de preparação aprendeu manobrar e quis gravar todas as cenas, mas infelizmente não o permitiram. Para compensar enquanto gravava dentro do carro, ele tentou reproduzir exatamente os mesmos movimentos que o carro faria em cena para ser o mais real possível.
Já Edgar quando perguntado sobre como foi fazer um filme com tanta presença musical e com uma playlist tão forte, o diretor se mostrou muito satisfeito já que passou anos na pré-produção do filme, e com a playlist quase que imutável desde o início. Contou também que achou ótimo o fato do filme falar por si só, visto que a maioria das cenas são contadas através de músicas e sem muitos diálogos, bem diferente de seus outros filmes que, pelas próprias palavras do diretor, costumam não funcionar muito em outras línguas do mundo devido às suas características muito ligadas aos diálogos extensos.
O Cabana do Leitor inclusive conseguiu fazer uma pergunta aos dois sobre a grande importância da música para Baby. Edgar respondeu que usou muito da influência que a música teve em sua própria vida, presente desde sua infância com os discos que seus pais tinham e seguindo a linha diretamente para Baby, que mantinha a música por perto não só por seu problema auditivo, mas também por se lembrar da mãe, inclusive tendo uma fita demo da mesma cantando.
No fim, percebemos que apesar dos problemas, Edgar e Ansel trabalharam muito para o filme e estão orgulhosos do resultado. Tanto que quem começou a campanha para vir ao Brasil divulgar foi o próprio Ansel, que tinha uma legião de fãs na porta do hotel esperando-o desde cedo, e parecia mais do que orgulhoso pelo feito conseguido por eles no Twitter junto com a Sony Brasil.
No fim, o filme é um bom exemplo de ação que vale a pena ser visto e já está em cartaz nos cinemas brasileiros, inclusive saindo um pouco atrasado com relação ao restante do mundo. Veja o trailer do filme: