A mais nova contratada pela Electronic Sports League (ESL) se chama Evelyn “Amarillys” Ribeiro, ela será a mais nova voz feminina aqui no Brasil. A responsabilidade é grande. Sendo a primeira mulher latina a conquistar um cargo de narradora, visto que, infelizmente os jogos – ainda por grande maioria das pessoas – é visto como predominantemente dominado por homens.
Evelyn Ribeiro começou sua carreira participando de um Fireside, logo após foi chamada para escrever e gerar conteúdos sobre Hearthstone. Um tempo depois um amigo convidou-a para participar de um campeonato chamado Challenger Series de Hearthstone, mas antes mesmo que jogasse surgiu a oportunidade de narrá-lo e assim começou o seu destaque na área do e-sport.
A verdade é que cada vez mais no ramo dos jogos tem aberto espaço para as mulheres o que é essencial para a igualdade profissional de gêneros.
Em entrevista exclusiva para o Cabana do Leitor, ela diz que não se abala com comentários machistas e que procura evitá-los ao máximo, visto que não são palavras construtivas para a vida dela. Confira a entrevista completa abaixo:
CDL: Quando você começou a se interessar por jogos no geral?
Amarillys: Desde criança, na época do Mega Drive. Sempre gostei de games de uma forma mais casual, mas foi com o Hearhtstone que comecei a gostar de jogos competitivos.
CDL: Você joga outros jogos além de HS?
Amarillys: Gosto muito de Diablo 3 e pretendo aprender melhor alguns FPS. Atualmente, estou mais focada no Hearthstone porque preciso me manter atualizada em relação ao meta e as novidades do cenário.
CDL: Quando você teve a ideia de virar narradora?
Amarillys: Na verdade, partiu de uma oportunidade pela MKTV (o maior site de Hearthstone da América Latina). Na época, estava acontecendo a Challenger Series, um torneio invitational que naquela edição foi aberta a participação de pro-players e geradores de conteúdo. No final das contas, ao invés de jogar, surgiu a oportunidade de narrar, e assim acabou virando profissão.
CDL: Quais são seus objetivos futuros?
Amarillys: Tenho alguns projetos pessoais, mas o objetivo principal é melhorar a performance nas narrações. Com bastante esforço, espero conquistar mais espaço no cenário e a partir disso, quem sabe, narrar eventos presenciais grandes.
CDL: Você sofre muito machismo por ser a primeira mulher narradora de Game?
Amarillys: Infelizmente isso ocorre com as mulheres em muitos segmentos predominantemente masculinos, principalmente quando é algo veiculado pela internet, onde as pessoas podem comentar de forma anônima. Levo em consideração somente as partes construtivas e conto sempre com a comunidade para tornar o ambiente mais receptivo para todas as mulheres.
CDL: Qual o maior desafio de estar em uma empresa tão grande como a ESL?
O maior desafio é tentar corresponder as expectativas do público. Estou sempre tentando melhorar e agora temos uma maior interação com a comunidade através de ferramentas de redes sociais para sempre recebermos feedbacks e aplicá-los nas transmissões seguintes.
As transmissões da liga de Hearthstone da ESL Brasil são às terças e quartas-feiras, a partir das 19 horas, no comando de Marduk e Amarillys.
Existem mais cinco mulheres que comandam as narrações no mundo inteiro. Conheça um pouco de cada uma delas:
Indiana “Froskurinn’‘ Black, é especialista em League of Legends e comanda a narração feminina da empresa Riot Games na China e na Oceania;
Lauren”Pansy” Scott, narradora da empresa ESL (a mesma da Evelyn) e trabalha com os jogos Counter-Strike, World of Tanks, Dirty Bomb e Battlefield;
Jaycie”Gillyweed” Gluck narradora de jogos de moba;
Jennifer”LemonKiwi” Pichette narradora de Black Ops 2 e Call of Duty e Jorien ”Sheever’‘ van Der Heidjen, narradora profissional de Dota2.
#GirlPower
Revisado por: Bruna Vieira.