Em uma tarde divertidíssima, na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi de Fortaleza, a autora nacional Ana Beatriz Brandão que vem conquistando cada vez mais público com os livros O Garoto do Cachecol Vermelho e o seu recente lançamento, A Garota das Sapatilhas Brancas, ambos publicados pela editora Verus. Ela conversou com a gente meio a risos e muita descontração, após muitas emoções e surpresas inesperadas.
O evento era previsto para começar às 16h e, mesmo sendo à tarde, seus fãs chegaram cedo para garantir lugar na fila, se conheceram e tiraram muitas fotos antes de o evento começar.
A autora tinha acabado de chegar de viagem e, no dia anterior, havia participado do evento de lançamento em São Paulo, mas mesmo assim, ela deu atenção a todos os leitores, tirou fotos, autografou e bateu papo com seus leitores sobre seus personagens e o novo livro e concedeu uma entrevista a nós. Como colaborador do Cabana do leitor, fui até Fortaleza para prestigiar a autora, e aproveitei o ensejo e solicitei uma entrevista com ela.
1 – Como foi à sensação de descobrir que ontem havia pessoas fazendo fila para te ver?
R: Cara, foi insano. Porque eu nunca espero isso. Eu sempre falo, cada dia para mim é uma surpresa e ver tanta gente lá me esperando e aqui, é inacreditável para mim, eu amo essa sensação. É maravilhoso, é incrível.
2 – Como você lida, dia após dia, ao lado de autoras como Raiza Varella e Carina Rissi, quebrando paradigmas e fazendo mais leitores do Brasil conhecerem autores nacionais?
É um pouco triste, mas agora eu acho que esse preconceito está acabando, eu vejo cada vez mais gente dizer que está lendo livros nacionais. Inclusive veio um garoto aqui hoje e ele disse que O Garoto do Cachecol Vermelho é o primeiro livro nacional que está lendo, é incrível ver uma coisa dessas.
Jadson: É incrível ver que a literatura nacional está chegando para a sociedade e estão recebendo nas bibliotecas de escolas públicas livros nacionais atuais.
Sim! E eles estão vendo que agora a gente tem livros tão bons quanto os livros internacionais. A diferença é que as autoras daqui, nós podemos abraçar e ter mais contato com elas com mais frequência (risos).
3 – Quando começou a fazer seus manuscritos, escrevia para você ou tinha planos de publicar seus livros antes mesmo de ter a ideia?
Não, eu sempre escrevi para mim. Eu escrevi os livros para eu mesma ler assim, era um jeitinho que eu gostaria que as coisas fossem, com várias mortes e muito sangue. Então sempre escrevi para mim e a ideia de publicar veio da minha mãe, porque antes eu nem sabia que era possível e foi uma surpresa ser convidada para publicar o meu primeiro livro.
4 – Tem uma frase de A Garota das Sapatilhas Brancas que você gosta mais? Qual?
Claro, é a frase do prólogo que é: “O céu não é só azul e as pessoas não são o que parecem ser.” Eu amo essa frase, quando pensei nela, pensei, eu tenho que colocar ela no livro (risos).
5 – Quais autores nacionais e internacionais a inspiram?
J.K. Rownling é a primeira que eu lembro, porque eu tenho muitas histórias com os livros de Harry Potter. Pedro Bandeira que foi o primeiro autor paradidático que eu gostei de verdade, que carreguei para minha vida, Maurício de Souza que eu cresci lendo os gibis da Turma da Mônica, o George Martin que eu falo que é meu pai literário e ele é maravilhoso. É muita gente, não dá para citar todos.
6 – Quando descobriu que suas histórias poderiam se tornar livros?
Foi mais ou menos quando comecei a escrever, que eu tive esse sonho em uma viagem e aquilo ficou na minha cabeça. E então minha mãe me encorajou a escrever sobre ele. E aí depois que comecei a escrever, eu achei que fosse só um conto e virou um, dois, três livros. E aí eu falei, é eu acho que eu gosto de fazer isso e acho que dá sim para escrever um livro.
7 – Explique para nós como foi o processo para chegar ao Grupo Editorial Record.
Na verdade, eles que me encontraram, porque eu estava publicando meus livros pela Novo Século e, na Bienal, acho que no Rio de Janeiro, há 2 anos, eu conheci o Tiago que é editor da Record e ele estava muito interessado no meu trabalho, a gente conversou e ele pediu um original e então eu mandei O Garoto do Cachecol Vermelho, e estamos aqui hoje (risos).
8 – O que você diria para os autores iniciantes que tem o sonho de publicar um livro?
Sigam sempre seus sonhos, por mais que pareça difícil no início e vocês recebam NÃO’S, sempre tem uma saída.
Jadson: Uma das coisas que a Carina Rissi sempre diz é: você pode receber muitos NÃO’S, mas só basta um sim para acontecer tudo em sua vida.
E o sim às vezes nem precisa partir de uma editora, pode partir de você mesmo, porque você pode publicar independente. Então assim, se é o que você realmente quer, se é o que você ama, corre atrás e trabalhe com muita determinação que vai dar certo,
9 – Fale só um pouco sobre a garota das sapatilhas Brancas
O que posso falar é para vocês receberem essas duas histórias de coração aberto e mente aberta, porque ele fala muito sobre amor, sobre escolhas. Em A garota das Sapatilhas Brancas ele mostra muito o ponto de vista de outros personagens, de como eles chegaram até ali na história do Garoto do Cachecol Vermelho, então leiam esses livros e estejam preparados para chorar um pouco, porque ele é um pouco triste e espero que vocês gostem.
10 – Deixe um recado para seus leitores.
Eu amo muito vocês e estou muito feliz de estar aqui, de poder passar pelo Brasil todo, conhecendo todos vocês e abraçar vocês. Até a próxima!
Saiba mais sobre a carreira da autora:
Ana Beatriz Brandão é autora de Sobra de um anjo e Caçadores de Almas, ambos os livros publicados pela editora Novo Século e, muito em breve, vai lançar de forma independente o livro caçadores de almas – Portal para o Inferno. Sua carreira como escritora, começou bastante cedo, com apenas 13 anos publicou seu primeiro livro. Hoje, com 18 anos, já tem quatro livros publicados e 21 livros já escritos e guardados esperando o momento certo para chegar aos leitores.
Os livros estão disponível em: SARAIVA