“Sou um cosmólogo. Estudo o casamento do espaço com o tempo. É uma espécie de religião para ateus inteligentes.”
Primeiro tenho que admitir que sou uma fã de carteirinha pelo brilhante Stephen Hawking. Sou uma nerd que ama física teórica. Dito isso, o filme “A teoria de tudo” é um filme biográfico que retrata a história do astrofísico Stephen Hawking enfrentando a descoberta e evolução de sua doença, Esclerose Lateral Amiotrófica(ELA), enquanto descobria teorias do mundo científico que mudariam tudo na história humana além de lidar com um doutorado e um romance com Jane.
Dirigido por James Marsh, o filme é baseado no livro autobiográfico da própria Jane Hawking, mulher de Stephen, por isso sua influência é forte no filme, mostrando a versão dela da história e trazendo a personagem como a pessoa que esteve ao lado do Stephen em todos os momentos, lutando por ele. A personagem foi interpretada pela Felicity Jones. Sua interpretação foi fiel e merecedora da indicação de melhor atriz no Oscar. Fiel ao papel, Felicity mostrou perfeitamente o lado da mulher guerreira, com a fé forte em Deus, uma fé que teve que ser sentida por dois ela manteve firme durante os anos com o cientista. Ele era a razão e ela, a emoção. “Eu o amo e ele me ama. Vamos lutar contra essa doença, juntos.”
Além da atuação da atriz, a atuação do britânico Eddie Redmayne foi louvável e com certeza uma das melhores atuações que já vi na minha vida. Eu não sabia quem era quem, se era um ator ou se era mesmo o Stephen jovem. Todas as emoções e ações que todos os fãs de Stephen reconhecem como sua marca registrada foi muito bem interpretada por Eddie, incluindo seu humor negro e único até as dores e dificuldades da progressão da doença.
Fora as atuações impecáveis, o filme não desagrada nem ao olhar. Com truques de câmera e ângulo específicos e fotografias em tons claros deram a impressão de um filme antigo e calmo, como se tivessem realmente gravados na época em que se passou o filme. O filme todo passa a imagem de tranquilidade e conforto e não cansa ou enjoa. As sequencias de cenas e passagens de tempo foram perfeitamente usadas pelo diretor mantendo um ritmo agradável. Uma das coisas que eu achei mais geniais no filme foi o final em que usaram a teoria de tempo do Stephen para fazer o filme voltar no tempo. Foi irônico e muito bem utilizado, fazendo você sorrir no final do filme. Por sinal, uma curiosidade para vocês, todas as cadeiras do filme eram de fato, do Stephen. Ele as emprestou ao set de filmagens e ia visita-los durante a filmagem do filme. Além de ser um filme impressionante, que te faz arrepiar com a história e rir também com as trapalhadas do gênio, não é um filme para filosofar ou questionar o universo. É um filme sobre a vida e as lutas de uma das mentes mais brilhantes deste século. A Teoria de Tudo foi indicado ao Oscar por “Melhor Filme”, “Melhor ator”, “Melhor atriz” e “Melhor trilha sonora” . E o que eu aprendi? Que todos nós podemos conquistar algo se a gente ir atrás. Afinal, “Não deve haver limites para o esforço humano. Somos todos diferentes.”
Confira o trailer a seguir.