Continuando o nosso especial sobre o livro Piano Vermelho do autor Josh Malerman, hoje vamos contar um pouco sobre os personagens que desenham esse thriller.
Não tem como não começar pelos Os Danes, uma banda de Detroit, formada pelos ex-combatentes de guerra, Duane Noles (bateria), Larry Walker (baixo), Ross Robinson (guitarra) e Philip Tonka (piano). Duane é o mais sério de todos os integrantes, enquanto Larry é o mais brincalhão e desesperado. O mais “responsável” dos quatros é Ross, mesmo agindo por impulso, afinal, quem nunca? E Philip , o protagonista, é o mais louco e rebelde do grupo, tem toda pose de líder. Mesmo com divergências, os quatros se consideram irmãos e no meio do problema que encontram no deserto, nenhum desiste do outro.
Falando no deserto de Namibe, não podemos esquecer dos outros membros do pelotão que aceitam essa aventura, são eles: Stein, o fotógrafo do grupo, o misterioso e sério Sargento Lovejoy, conhecido também como Louro Maluco, e por último o historiador Greer, que nos momentos de tensão surge com as suas histórias e estudos mais bizarros do que qualquer um pudesse imaginar. Por conta das histórias dele, Greer, é que surgem boa parte das nossas inquietações durante a leitura.
Saindo de Namibe e chegando no hospital Macy Mercy, encontramos mais dois personagens que completam de forma significativa a história. Primeiro, a jovem enfermeira Ellen que fica responsável por anotar qualquer evolução do paciente, no caso o Philip. Na verdade, ela parece mais uma estagiária que fica fazendo serviços bobos que ninguém quer fazer e também nunca sabe de nada que acontece, porque as pessoas não contam nem o básico do básico para ela. Mas não se enganem achando que Ellen ela é indefesa. Depois temos o Doutor Szands, responsável pela melhora do paciente Philip. Szands da primeira vez que aparece dá a entender que é um médico centrado, mas logo na outra folha ele parece um daqueles médicos loucos. Toda vez que aparece o leitor fica com aquela sensação de que ele quer fazer algo ruim. Bem estranho.
E não podemos esquecer do misterioso secretário Jonathan Mull, olhos claros, maxilar firme e um cabelo bem cuidado. É ele quem convoca Os Danes para a missão. Mull é sério e de poucas palavras, puro porte de militar.
Não importa se o personagem é bom ou mau, maluco ou certinho, Malerman consegue passar a essência de cada um deles, descrevendo o necessário para que o leitor o desenhe da melhor maneira em sua imaginação. Também não é difícil nos apegarmos a qualquer um dos personagens, independentemente de ser o principal ou secundário, quem está lendo a história acaba sentindo um carinho enorme por qualquer um deles. Ah, e raiva também.