Uma das autoras mais badaladas ultimamente, e que inclusive vai estar presente na Bienal do Livro no próximo final de semana (9), é Karin Slaughter. Conhecida por escrever romances de suspense com cunho investigativo e muitos crimes envolvidos, o que mais surpreende nos seus livro é o conteúdo extremamente explícito.
Em Flores Partidas, um standalone de Karin, ele já nos encanta com a capa e contra capa do livro: temos uma mulher linda olhando fixamente para frente, e por baixo temos a mesma com uma lágrima de sangue escorrendo de um de seus olhos fechados. O leitor já fica extremamente ansioso, e sim, o livro corresponde à todas as nossas expectativas. Confira abaixo um pequeno vídeo gif que fizemos parar dar uma noção de quão impactante é a capa:
No início do livro, tudo parece uma junção de acontecimentos desastrosos que só aprofundam mais os traumas emocionais de Claire e Lydia, as irmãs que sofreram depois do sumiço de Julia, e passaram 24 anos sem terem nenhuma notícia.
Depois do marido de Claire morrer em seus braços em uma tentativa de assalto muito estranha em um beco, a mulher começa a ter que lidar com coisas assustadoras que encontra sobre o marido, o que nos lembra muito um livro que foi resenhado recentemente aqui no site, o famoso Garota Exemplar. E isso nos faz pensar “até onde você conhece aquele com quem divide a vida?”.
Aparentemente Claire conhecia apenas os hábitos de Paul e não a pessoa em si, visto que coisas suspeitas e extremamente erradas vão se revelando: Paul mantinha vídeos violentos de um tipo perturbador de pornografia: o snuff porn*. MAS CUIDADO, não é recomendável que você jogue no google a expressão nem nada do tipo, pois podem haver muitas coisas perturbadoras na internet. Deixe para entender tudo junto com Claire, conforme tudo vai sendo desvendado neste livro incrível.
Depois de tudo isso ser dito, há mais um aviso, que ficou um tanto implícito mas que merece ser dito: você precisa ter estômago forte.
Karin utiliza descrições amplas e detalhistas para te situar no horror das personagens, cenas vistas e vividas são extremamente gráficas e você dificilmente vai esquecê-las em um futuro próximo, mas é essa coragem que eleva Karin a um novo patamar nesse estilo de suspense: você verá muitos cortes, ossos, sangue e outras coisas indesejadas passando pelos seus olhos, e mesmo com a revelação do assassino em algum ponto no meio da história, você continua preso à ela.
O livro vem em uma crescente constante e, nas ultimas partes, quando Claire toma as rédeas da situação definitivamente e decide provar que a irmã pode confiar nela para salvar ambas, é onde a história não te deixa largar o livro.
Um dos livros essenciais que devem fazer grande sucesso na Bienal, juntamente com o novo lançamento de Karin, Esposa Perfeita.
“Estava cansada de todas aquelas perguntas sem resposta e brava porque, em vez de sofrer pelo marido, estava questionando a própria sanidade por amá-lo.”
*- P.S- se você realmente ficou curioso sobre o tal “snuff porn” e não quer esperar até poder ler o livro, vou te dar a definição de snuff, e você poderá imaginar o resto. Segundo a Wikipédia, snuff são “filmes que mostram mortes ou assassinatos reais de uma o mais pessoas sem ajuda de efeitos especiais, para o propósito de distribuição e entretenimento ou exploração financeira”. Bizarro né?