O estúdio GSC Game World, responsável pela franquia S.T.A.L.K.E.R., comunicou em seu perfil oficial nesta quinta-feira (24) ter insegurança quanto ao futuro da empresa ante à incursão russa em solo ucraniano. Através do Twitter, o estúdio, com sede em Kiev, Capital da Ucrânia, que é um dos alvos da Rússia, declarou que o país irá defender sua soberania, porém que o “futuro é desconhecido”.
“A partir de hoje, a Federação Russa declarou oficialmente guerra à Ucrânia. Nosso país acordou com os sons de explosões e tiros de armas, mas está pronto para defender sua liberdade e independência. Pois continua forte e pronto para qualquer coisa. O futuro é desconhecido, mas esperamos o melhor, estamos sempre certos de nossas forças armadas e nossa crença na Ucrânia”.
A investida russa em território ucraniano ordenada pelo autocrata Vladimir Putin já ceifou centenas de vidas desde o seu início, obrigando milhares de cidadãos ucranianos a abandonarem o país ou se abrigarem em bunkers subterrâneos construídos durante a Guerra Fria. Até o momento as tropas locais apresentaram pouca resistência e não há previsão de apoio direto da OTAN à Ucrânia, visto que o país não ingressou formalmente no tratado.
A Ucrânia vem ganhando grande destaque na indústria de games, empregando diversos profissionais da área e abrigando grandes empresas de jogos, que também têm se pronunciado quanto ao conturbado momento. “Não devemos esquecer que a Ucrânia está neste estado de agressão pela Rússia desde 2014, e mais de 14.000 pessoas foram mortas nesse período. Então, infelizmente, já nos acostumamos a viver nesse estado de perigo”, disse Oleg Yavorsky, diretor do Vostok Games, em contato com o site Polygon.
Por sua vez, Andrew Prokhorov, dono da 4A Games, que é responsável pela série Metro Exodus, deu um posicionamento mais afrontoso quanto à guerra, defendendo o exército ucraniano e criticando Putin diretamente. “Nosso exército está pronto. Se um velho doente decidir invadir, ele será expulso. Especialmente com a ajuda de muitos brinquedos perigosos que recebemos dos EUA e de outros países ocidentais”.