Ontem chegou o meu exemplar de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, como era de se esperar, não consegui parar de ler, e agora venho trazer para você meu caro leitor, a resenha desse livro que me deixou sem palavras no bom – e um pouco no mal – sentido.
Necessário deixar claro que o mesmo está sendo considerado uma fanfiction, pelo fato de não ter sido redigido por J. K. Rowling, mas sim por Jack Thorne e John Tiffany, afinal, Rowling não é roteirista e muito menos escritora de peças de teatro. Mas, considero esta uma criação de J. K. também, pois, além dela ter colaborado com ideias para a nova história, não aprovaria nada que não considerasse a altura dos sete livros de Harry Potter.
Enfim, vamos falar do enredo do livro!
A leitura é bem rápida, pois esta é uma peça de teatro, baseada em diálogos e descrições das ações realizadas no palco. Em Harry Potter e a Criança Amaldiçoada conhecemos um pouco da vida de Harry Potter, Rony e Hermione aos 40 anos, com filhos que agora estão á caminho de Hogwarts. A peça começa onde “as relíquias da morte” termina.
Harry sai do papel de protagonista, embora apareça bastante no livro, mas o personagem principal passa a ser seu filho, Alvo, que ao ingressar em Hogwarts passa a ter problemas com tudo que envolve o passado de seu pai e de seu sobrenome. As expectativas e o preconceito de alguns começam a atrapalhar o garoto em vários aspectos, inclusive em fazer amizades. E é em cima deste contexto que o livro se desenrola, envolvendo magia, viagem no tempo, romance, traição e principalmente conflitos familiares.
Além de Alvo, um dos três filhos de Harry e Gina, ser o protagonista desta obra, Escórpio, filho de Draco Malfoy, também o é. O livro irá tratar mais da relação conturbada entre pai e filho (Harry-Albus/Draco-Escórpio) do que qualquer outra coisa, mas também garante aventura, laços fortes de amizade sendo criados e muita, muuuuita nostalgia.
Infelizmente como nada é perfeito, eu tenho algumas críticas em respeito ao livro. Creio que um dos meus principais desapontamentos consiste no fato de que há furos na história e personagens mal trabalhados. Por exemplo, por que colocar Rony e Thiago (filho de Harry) se eles são tão porcamente desenvolvidos? Como de repente Alvo e Escórpio conseguiram chegar a Godric’s Hollow?
Quem espera o mesmo nível dos livros de Harry Potter receio que vá se decepcionar, por se tratar de uma peça de teatro a escrita é feita de uma maneira completamente diferente. O livro não chega a ser uma peça de teatro tão boa quanto O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna ou King Lear de William Shakespeare, mas só pelo gostinho de se perder novamente no universo que J.K. Rowling nos presenteou, vale muito a pena a leitura.
Nesse exato momento, 24 horas após ter lido a última página do livro, sinto uma saudade imensa de quando era adolescente e me perdi pelo universo de Harry, mas ao mesmo tempo eu queria muito mais livros sobre Alvo e Escórpio, dessa vez, escritos pela própria J.K. Rowling, afinal, que fã não quer?
Para uma crítica bem relevante sobre a peça e a história, o Independent foi bem conciso e direto.
E você já leu o livro?
Fiquem conectados ao Cabana do Leitor! 😉
Revisado por: Bruna Vieira.