Desde que foi anunciado, o filme “Batman vs Superman: Origem da Justiça” vem gerando expectativas e muita, muita controvérsia na internet. Boa parte por conta da escalação de atores, como sempre. Duvidava-se de Ben Affleck como Batman/Bruce Wayne por causa de seu desastroso Demolidor e também da inexperiente Gal Gadot para viver a heroína mais poderosa de todos os tempos, Mulher Maravilha, até de Jesse Eisenberg, Lex Luthor, reclamaram, por motivos ainda obscuros para mim, seria apenas para causar a discórdia?! O fato é que com o universo cinematográfico da Marvel em pleno ápice, os fãs não esperam nada menos que algo espetacular da concorrente DC/Warner. Obviamente, essa pressão toda não é positiva, é preciso entender que são situações diferentes e visões distintas de mercado, o que é ótimo, pois ninguém merece ver mais do mesmo.
Veja o segundo trailer de Batman Vs Superman
Veja o primeiro trailer vazado do Esquadrão Suicida
O primeiro teaser do filme reforçou essa ideia com um tom mais reflexivo, sem a ação megalomaníaca e cores vibrantes do MCU. Mas não se engane, teve muito mérito por instigar o expectador com um vislumbre do confronto título da produção. Quantos memes não vimos com a frase “Você sangra? Vai sangrar!” proferida pelo Batman. Porém, o grande espetáculo ainda estava por vir. Sem mais delongas, vamos falar sobre o trailer liberado na San Diego Comic Con.
De novo podemos ver que a sociedade está divida em relação ao Superman, afinal, ele é um alienígena super poderoso, quase um deus, que trouxe, por bem ou mal, muita destruição. Agora descobrimos que esse é, justamente, o ponto de conexão da trama com Bruce Wayne, que estava presente na batalha de Metrópolis e assistiu a ruína de um dos prédios de sua empresa. Chamo atenção para este momento em que podemos ver o personagem correndo desesperado em direção à poeira, quem ou o que de tão importante estaria naquele prédio? Vale ressaltar também que em duas situações distintas alguém está querendo mexer com a cabeça dele através de recados provocativos. Um foi feito pelo Coringa, claramente, trata-se da frase “HA HA HA A PIADA É VOCÊ, BATMAN” escrita num uniforme, mas a outra é uma incógnita, podemos ler “VOCÊ DEIXOU SUA FAMÍLIA MORRER” em um jornal (com uma grafia aparentemente diferente, seria outro vilão o autor? Lex? Charada?), agora me pergunto, que família? Porque Bruce não tem culpa da morte de seus pais (apesar de terem mostrado um flashback desse momento. Creio que foi apenas para confundir, os trailers costumam fazer isso) e atormentá-lo com isso novamente seria uma saída pouco criativa de roteiro. Minha aposta vai para a morte de Robin, orquestrada pelo Coringa, visto que já sabemos que nesse ponto da história Batman está velho e aposentado, ou seja, ele poderia ter abandonado o posto de vigilante após o assassinato de seu companheiro, amigo e quase filho (opa! Isso é família). O fato é que em poucos takes Ben Affleck transpareceu toda a gravidade da situação, deixando implícito sua motivação para o conflito posterior. Mais um ponto para o ator que, com o pouco visto, parece que encarnou bem o personagem.
Do outro lado vemos Superman prestes a assumir, de fato, seu papel de super herói, mesmo com todos os contras, e atacando Batman através de seu disfarce como o jornalista Clark Kent. Nada de muito surpreendente. Ele continua a contar com o apoio de sua mãe e da namorada, Louis Lane, além de um exército que até agora é um mistério total.
E teve mais para encher a tela. Muito mais. A primeira aparição da Mulher Maravilha está bom para você? Mais uma vez, os “haters” pagaram a língua. Gal Gadot aparece sedutora num vestido vermelho e empolga como uma guerreira amazona no combate. Simplesmente um momento histórico e emocionante. Quem também dá as caras (e os conselhos habituais) é Alfred. E para ninguém dizer que ficou faltando, ainda podemos ver Lex Luthor, ou melhor, Lex Luthor: A Origem. Eu explico, nos é mostrado o vilão ainda com cabelo, conhecendo o Superman e a tão famosa kriptonita. Porém, a ironia e a articulação, próprias do personagem, já estão presentes, com um toque preciso da singularidade de Jesse Eisenberg. Esse “menino” promete.
Zack Snyder encerra trazendo toda a cavalaria. Tem trovões, slow motion, grandes planos, tiros, explosões, combate. A trilha sonora e os escritos preparam o clima. Há tambores e vozes em uníssono, há um grande e impactante som de fundo e também uma silêncio dramático. No final, só resta um sentimento: “Vai ser épico!”