Os jogos de estúdios independentes vem crescendo com muita gente dando preferência para eles ao invés de alguns AAA, com o mercado crescente e o aumento de estúdios nacionais se aventurando por essas águas de certa forma ainda pouco exploradas, faz parte do nosso trabalho dar uma força e esses projetos.
Na Brasil Game Show (BGS), teve um pavilhão inteiro dedicado a esses bravos profissionais, que fazem tudo por amor aos jogos eletrônicos, muitas vezes custeando tudo do próprio bolso. O Cabana do Leitor, com o repórter de games Bernado Rosenblatt, teve oportunidade de testar quatro jogos em primeira mão, foram eles:
KHARMA
Kharma, da produtora Dream Inside, o jogo é um survival horror que começou a ser feito esse ano, logo está em fase inicial de desenvolvimento, ainda assim com muito esforço conseguiram colocar uma demo pré-alpha para testar, o resultado ainda assim impressiona, pelo pouco que pude ver, temos a escuridão como uma inimiga, dependendo de velas e fósforos, o sistema de itens também existe, o mapa disponibilizado é grande e precisava coletar itens específicos para chegar ao fim, a história intriga pelo pouco visto, o jogo promete ser mais um terror no steam que vale a compra. Vamos aguardar para ver se as expectativas serão atendidas.
JOHN, THE ZOMBIE
Outro testado foi John the Zombie da Minimallab, com uma ideia para lá de inusitada, mistura de GTA com apocalipse zumbi e muito humor negro, você é um morto-vivo porém diferente dos já cansativos e enfadonhos monstros lentos e burros, você tem consciência que é um deles, além disso você quer achar a cura, mas para isso precisa recuperar suas habilidades humanas, atacando inocentes para voltar a aprender, gerando um exército de comedores de cérebros e causando o apocalipse, inusitado, assim como um mero zumbi aprender a pedalar uma bicicleta, dirigir um carro ou jogar basquete. Esse título está em estágio final de desenvolvimento, com lançamento em breve para o steam, ps4, xboxone e switch. Vale uma conferida, já que renderá no mínimo altas risadas entre amigos.
DISTORTIONS
Outro título testado foi Distortions da galera da Among Giants, sendo o que mais me impressionou, o jogo tem um lirismo único, lembrando jogos como Deemo: Last Recital, Journey, o título brasileiro ganhou diversos prêmios inclusive internacionais, há oito anos em desenvolvimento, o game impressiona pela grandiosidade, os gráficos são absurdos, a música é linda, a história parece ser de uma poesia e beleza intensa, tudo leva a crer que esse seja um dos maiores jogos nacionais da história, com uma duração de mais de 15 horas é um feito e tanto para esse estúdio o que já alcançaram, a nossa esperança é que voem ainda mais alto.
DOLMEN
Por fim testamos o Dolmen da Massive Work Studios, um jogo que mistura terror com uma dificuldade que nada deixa a dever para Dark Souls, não basta apenas saber gerenciar recursos, se você não for bom em combate terá seu fim decretado, com uma curva de aprendizado mais lenta e difícil, o jogo não é para todos, se você é um gamer casual, provavelmente desistirá antes do primeiro chefe de Dolmen, agora se você ama Dark Souls, adora superar cada desafio, se entrega ao jogo, Dolmen pode ser o título nacional da sua vida, ano que vem ele começa uma campanha no kickstarter e lançara ao greenlight do Steam, mas tenho certeza que conseguirão passar sem problemas, o título apresenta os melhores gráficos dos indies que testei, além de sua ambientação no espaço num planeta inóspito e solitário, somente você e os monstros, serem algo que muitos players sonham jogar numa noite escura.
E esse foi um dia da BGS que tivemos oportunidade de testar e conversar com alguns desenvolvedores, saber seus projetos. Sinceramente, o Brasil tem muito potencial na área, você via olhos brilhando dos jogadores ao testar e dos criadores ao verem seus jogos postos a prova do grande publico, temos orgulho de ter a certeza que muito em breve o Brasil deixará de ser apenas um país consumidor de games para ser um produtor.