Em uma entrevista para o podcast Awards Chatter, o presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, comentou sobre as críticas de Martin Scorsese, que dizia que os filmes da Marvel “não são cinema”.
Kevin Feige comentou o seguinte:
“Eu discordo, acho que foi uma declaração infeliz. Todos têm uma definição diferente para cinema. Algumas pessoas não acreditam que é cinema. Todos têm direito a ter suas próprias opiniões. Todos têm direito a repetir ou escrever sobre essas opiniões, e estou ansioso para ver o que vai acontecer em seguida. Mas, nesse meio tempo, vamos continuar produzindo filmes.”
Além de Martin Scorsese, o espanhol Pedro Almódovar também criticou os longas – sua reclamação era da falta de sexualidade nas obras, enquanto Francis Ford Coppola os chamou de “desprezíveis”. Porém os comentários de Scorsese se destacaram por terem sido os primeiros, e impulsionadores do que veio a seguir.
O cineasta, Martin Scorsese publicou no início de novembro um artigo pessoal no New York Times para esclarecer suas declarações sobre a Marvel.
“Muitos filmes de franquia são feitos por pessoas de talento e habilidade consideráveis. Você pode ver isso na tela. O fato de que os filmes em si não me interessam é uma questão de gosto pessoal e temperamento. Eu sei que se eu fosse mais jovem, se eu tivesse me tornado adulto mais tarde, eu poderia ficar empolgado por esses filmes e talvez até quisesse fazer um. Mas eu cresci e eu desenvolvi um gosto por filmes – do que eles eram e do que poderiam ser – que é tão longe do Universo da Marvel quanto nós na Terra estamos de Alpha Centauri.
Para mim, para os cineastas que eu aprendi a amar e respeitar, para meus amigos que começaram a fazer filmes mais ou menos na mesma época que eu comecei, cinema era sobre revelação – estética, emocional e espiritual. Era sobre os personagens – a complexidade das pessoas e suas contradições e às vezes a natureza paradoxal, a maneira que eles ferem uns aos outros, amam uns aos outros e de repente tem que encarar a si mesmos.”