Lançado pela Ryu Ga Gotoku em fevereiro desse ano, Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é publicado pela Sega e um derivado da famosa (e muito bem avaliada) franquia de jogos Yakuza. Contando com um protagonista muito conhecido dos fãs, o spin-off era muito aguardado por qualquer entusiasta do mundo dos games. Mas então, ele faz seu tempo valer a pena?
Um história inesperada

Se passando no Havaí, com a premissa de piratas e caças ao tesouro, a história definitivamente não era o que todos nós esperávamos. Com até algumas torcidas de boca em seu anúncio, não demorou muito para o trailer deixar uma legião de fãs ansiosos. Na verdade, o jogo é muito menos sobre piratas e mais sobre “os amigos que fazemos pelo caminho”.
Sim, ainda temos a essência de Yakuza em seu ponto alto. História bem contada, personagens cativantes e protagonista em seu auge de poder. Com uma leve diferença de seus antecessores, como em The Man Who Erased His Name como exemplo, aqui temos um pouco do sentimentalismo troca pelo caricato e engraçado. E não, isso não tira nenhum pouco a experiência ótima dessa história ousada. Se confirma, entretanto, a qualidade do estúdio em contar histórias.

Com Majima jogável de novo, nada de comum pode ser esperado. Desde se empenhar em conseguir a melhor tripulação de piratas daqueles mares, montar seu próprio zoológico ou cantar karaokê (um clássico da franquia), o conteúdo do jogo se extende por horas. E quando digo horas, são em torno de 23 horas na campanha principal e mais de 30 horas para aquirir o 100%. Então se você procura um jogo para maratonar por dias, essa é uma ótima pedida.
Mecânicas, level design e desempenho
Em time que está ganhando não se mexe, certo? Então espere a mesma mecânica de combate de seus antecessores, com aquele toque especial que todo novo jogo da franquia trás. Com dois novos estilos de luta, Mad Dog Style e Sea Dog Style, temos agora além de socos muitos potentes dois cutelos e um gancho. Vários combos novos e habilidades repaginadas, você tem basicamente um pequeno arsenal de possibilidades para acabar com os inimigos de Majima.

Artisticamente o jogo é muito bonito. Com áreas planas bem desenhadas, atenção ao detalhes e boa recriação de Honolulu, é graficamente agradável ao olhar. Em locais mais escuros, basicamente. A iluminação estourada nas tomadas com muita luz acaba fazendo com que tudo perca um pouco o charme. Em Madlantis ocorre o mesmo problema, dessa vez por conta dos neons excessivos ofuscando as cores de tudo onde toca.

O desempenho no Xbox foi satisfatório, com fps praticamente cravado mesmo com os efeitos e intesidade de combate em terra ou no mar.