Em dia conturbado, um dos mais de 15 profissionais do cenário de League que foram expostos nesta terça-feira (5), Kake, ex treinador do Academy do Flamengo Esports e ex treinador da KaBuM, foi demitido após surgirem vários prints de acusações de assédio.
No fio, foi divulgado prints onde Kake pedia nudes para os jogadores em troca de espaço no projeto que ele administrava na época, inclusive de garotos menores de idade. E quando não recebia o que queria, ameaçava tirar os meninos do projeto, passando a cobrar pelas aulas, que também não existiram.
https://twitter.com/Senshizada/status/1346548078019571715https://twitter.com/Senshizada/status/1346554191326687233Foram inúmeros casos que fomentaram a comunidade pedindo respostas e pronunciamento, tanto do próprio Kake, como do Flamengo. O Rubro-Negro emitiu uma nota de esclarecimento repudiando o ato do ex treinador e anunciando seu desligamento. “É importante repudiar qualquer tipo de assédio. Não só nos esportes eletrônicos, na sociedade.”
O Flamengo Esports comunica que Guilherme Kake foi desligado da organização nessa terça-feira.
É importante repudiar qualquer tipo de assédio. Não só nos esportes eletrônicos, na sociedade. pic.twitter.com/Tys1qoWnnq
— Flamengo Esports (@flaesports) January 5, 2021
O ESPN Esports Brasil apurou que mesmo com a nota, o Flamengo era conivente pois já sabia e nada era feito, mesmo com as provas vindas de dentro da organização.“Além dos pedidos, Kake enviava frequentemente fotos sem consentimento para os colegas de trabalho, inclusive para menores de idade, configurando em crime de pedofilia, segundo o artigo 241 do Código Penal.” E também segundo a apuração de reportagem, Kake foi desligado da KaBuM em março de 2020 pelo mesmo motivo.
Procurada pela imprensa, a KaBuM também se pronunciou sobre o caso e ressalta que repudia qualquer tipo de assédio. Confira:
“Reforçamos que repudiamos qualquer ato de assédio e desrespeito, sempre atuando instantaneamente após sermos notificados. Apuramos toda e qualquer denúncia, tomando as providências cabíveis, além de auxiliar e orientar jogadores e staff. O profissional citado não faz mais parte da organização há cerca de um ano. A KaBuM! conta com um código de conduta, treinamentos e um canal oficial de denúncias, disponível 24×7. Encorajamos fortemente que as vítimas busquem as autoridades competentes e denunciem formalmente os fatos. É importante frisar que, de acordo com o próprio questionamento sobre os potenciais fatos, as mensagens são trocadas via smartphones, dispositivos pessoais dos profissionais, nos quais não são e nem podem ser monitorados pela organização.“