Após dez anos de CBLOL desenvolvedora irá trabalhar com empresas parceiras para realizar competições femininas de League of Legends no Brasil em 2022.
O head de esports da desenvolvedora no Brasil, Carlos Antunes, anunciou na entrevista coletiva em que tratou do cenário competitivo dos jogos da Riot Games em 2022 a realização de parcerias para promoção de competições e torneios femininos de League of Legends. O anúncio acontece após dez anos de existência do Campeonato Brasileiro (CBLOL) e na esteira do sucesso do Game Changers, circuito de torneios femininos do Valorant.
Carlos admitiu, na coletiva a necessidade de “mais engajamento e inclusão”:
— O incentivo ao cenário feminino de LoL é uma dívida que a gente tem há muito tempo. E todas as experiências positivas que a gente teve com o Game Changers no Valorant mostram o quanto a explosão desse interesse pode causar uma mudança muito rápida e cada vez mais forte. A gente está trabalhando com parceiros para começar a criar, em 2022, um cenário de incentivar a cena feminina de League of Legends para que a gente também comece a trabalhar com mais possibilidades de entrada no cenário profissional e de dar a experiência, ainda que seja semiprofissional, em um torneio estruturado para as jogadoras. Isso é um grande movimento de incluir, no lado mais esportivo, as mulheres que têm a intenção de entrar no mercado, no segmento de esports — justificou o diretor da Riot Games no Brasil.
Iniciativas como essa costumam ter o benefício de trazer o holofote para diversas jogadoras, ajudando a criar a visibilidade e interesse em organizações que muitas vezes não consideravam a possibilidade de contratá-las.
O CBLOL, o campeonato de elite do LoL brasileiro, nunca teve uma jogadora participando de uma partida, mesmo que as regras da competição não às excluísse. Só na 2ª divisão, a suporte Gabriela “Harumi” defendeu a Rensga no Circuito Desafiante em 2020. Desde o início do circuito Academy houve um pequeno aumento no número de jogadoras, mas ainda sendo a exceção em vez do comum.