Cinco anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Sophie Sheridan (Amanda Seyfried) está prestes a reinaugurar o hotel que era o grande sonho de sua mãe, Donna (Meryl Streep). Para comemorar, ela decide realizar uma festa com a presença de seus três pais: Harry (Colin Firth), Bill (Stellan Skarsgård) e Sam (Pierce Brosnan) e as eternas amigas da mãe, Rosie (Julie Walters) e Tanya (Christine Baranski), ao mesmo tempo em que precisa lidar com a ausência do noivo Sky (Dominic Cooper).
Ao descobrir que está grávida, Sophie busca inspiração para a maternidade lembrando o passado da mãe. No fim dos anos 70, a jovem Donna (Lily James) viveu muitas aventuras com seu grupo musical “Donna And The Dynamos”, em parceria com Tanya (Jessica Keenan Wynn) e Rosie (Alexa Davies). Ela viajou o mundo, conheceu e viveu relacionamentos intensos com três homens bem diferentes: Harry (Hugh Skinner), Bill (Josh Dylan) e Sam (Jeremy Irvine).
No núcleo jovem, Lily James faz uma composição adorável para Donna. Carismática, talentosa e com um bom potencial vocal, Lily é o ponto alto do filme. Donna é apresentada como uma jovem destemida capaz de encantar três homens ao mesmo tempo. Buscando o seu lugar no mundo sem ter medo de novas aventuras, Donna é definitivamente uma mulher à frente do seu tempo.
Nas participações especiais, a cantora Cher faz uma participação especial interpretando Ruby Sheridan, a ausente mãe de Donna e disposta a assumir o papel de avó de Sophie. Com apenas três anos de diferença entre Cher e Meryl, soa absurdo que possam ser mãe e filha. Andy Garcia tem um pequeno papel como Cienfuegos, o charmoso gerente do hotel. Ele e Cher cantam num dueto uma das canções mais emblemáticas do ABBA: “Fernando”.
Produzida por Benny Andersson, a trilha sonora do filme, é claro, só tem composições do ABBA, como manda o musical original da Broadway. Além de ter clássicos como “Dancing Queen”, “Mamma Mia!” e “Waterloo”, a lista de canções ainda inclui “When I Kissed The Teacher”, “Andante Andante” e “Angel Eyes”.
O ponto fraco de “Mamma Mia 2” é o roteiro escrito por OI Parker, Richard Curtis e Catherine Johnsson. Sim, o filme continua fofo e dando vontade de cantar e dançar. Para escrever a continuação, os roteiristas decidiram sacrificar, desnecessariamente, a personagem que é a alma do filme. O roteiro deixa nítido que o arco narrativo da trama se esgotou, visto que os personagens adultos perderam a autonomia e só estão ali para apoiar Sophie, além de contradizer o primeiro filme em vários momentos.
Anunciado como o filme mais alto astral do ano, temos uma grande homenagem para Donna, oras fazendo sorrir ou se emocionar. Apesar de ter seus bons momentos, a ausência de Meryl Streep é profundamente sentida e perde-se um pouco do brilho. Se o primeiro filme retratava a relação de mãe e filha e a busca por seu pai biológico, a sequência é uma celebração de juventude, amizade e amor. Para quem é fã de “Mamma Mia – O Filme”, a experiência afetiva está incompleta.