Os bastidores da criação de uma das maiores narrativas épicas (se não a maior) de todos os tempos,
Nascida à sombra da contracultura e do ”baby boom” dos anos 1960”, ”conquistou jovens ”hippies ”em universidades, não só pela arte exuberante e explosiva de Jack Kirby, mas pela humanidade de personagens marcados pelos próprios erros. Longe da perfeição gomalinada de personagens de outras editoras, o Universo Marvel que conquistou e fascina gerações de leitores também é uma história épica, que começa em um escritório miserável na Nova York dos anos 1930 até a consagração mundial com filmes como ”X Men”,”Homem Aranha”, ”Homem de Ferro” e ”Vingadores”, está narrado no delicioso livro ”Marvel- A História Secreta”, de Sean Howe.
Em mais de trezentas páginas de uma leitura extremamente fluente (a tradução de Érico Assis é ótima, ninguém chama o Demolidor de “O Atrevido”), como um jogo de golfe, um quarentão em crise criativa, em um cubículo empoeirado, transformou entretenimento infantil em uma leitura corrente entre os ”hippies” na era de prata. A criação de personagens contestadores, bizarros, trágicos e violentos que revolucionaram os quadrinhos ”mainstream ”é uma história comovente de amor aos quadrinhos, de grandes nomes, de puxadas de tapete, exageros, sexo, drogas e rock and roll, mortes; e, no olho deste furacão de egos, criadores geniais e editores carrascos, está a figura do escritor, editor e, durante anos, a face humana por trás das aranhas radioativas, caveiras flamejantes ou da bomba gama: Stan Lee.
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O livro atravessa o século XX e a movimentação de imigrantes, a criação dos quadrinhos de supers e como a indústria sobreviveu apesar dos ataques de censores, mafiosos e da própria ingerência. Passa pelos loucos anos sessenta e a geração de gênios que seguiu a geração Kirby, Ditko, Heck. Conta como Jim Starlin, chapado de ácido criou a ”space opera da Saga de Thanos ”e a ascenção meteórica de um jovem caipira do meio-oeste americano que pegou um gibi de um certo herói cego pretes a ser cancelado e revolucionou a industria com tanta força que reflete até hoje em outras mídias e o porquê de Frank Miller não trabalhar na Marvel.
Como uma biografia não autorizada o livro segue lugares, histórias e pessoas que orbitam em torno da Casa das Idéias, Lee, escritores, desenhistas, malucos, fãs, hippies, veteranos do Vietnam, heróis e anti heróis.
Em ricos depoimentos de quase toda a indústria, nenhuma lasca na parede e nenhuma gota de suor em cima da prancheta ficam de fora deste que é um dos documentos mais completos sobre a história de uma das editoras de quadrinhos mais populares do mundo. Para um fã de quadrinhos, é leitura quase obrigatória. Uma obra fundamental para o entendimento da indústria dos quadrinhos como um todo.
A edição brasileira ainda vem com uma lista das edições mencionadas no livro e que foram editadas no Brasil.