Dr. Kucho! Games não é um nome muito familiar pra nós, mas com Moons of Darsalon, o estúdio dá um grande passo em direção ao reconhecimento. Com menos de uma década no mercado, a empresa entrega uma experiência retrô que mistura gráficos pixelizados e trilhas sonoras 8-bit, trazendo à tona memórias de clássicos antigos como Contra e Metal Slug, ou até mesmo clássicos mais novos como Celeste e Hollow Knight.
Uma aventura de liderança e estratégia
Em Moons of Darsalon, você é um Darsanauta, cuja missão é guiar seus companheiros de volta à nave, enfrentando perigos e resolvendo puzzles pelo caminho. Não basta você apenas sobreviver, mas também proteger e orientar os outros. Para isso, o jogo apresenta comandos simples e intuitivos que permitem pedir para seus colegas seguirem você, irem para a direita ou esquerda, ou até mesmo ficarem parados.

No entanto, o charme está nos desafios adicionais, como guiar os Darsanautas por áreas escuras. A lanterna, essencial nesses momentos, torna-se uma ferramenta narrativa e mecânica, reforçando a necessidade de liderança e coordenação. Esse detalhe, aliado à falta de uma barra de vida explícita (substituída por mudanças sutis na maneira como os Darsanautas se movem), aumenta a imersão e o senso de responsabilidade do jogador.
Uma homenagem ao passado
O visual de Moons of Darsalon é um deleite para os amantes do estilo retrô. Os gráficos, que mesclam uma estética de Mega Drive com o charme pixelado dos jogos de PS1, são complementados por um filtro nostálgico de VHS e TVs antigas. A física do jogo também impressiona, seja na fluidez dos líquidos, no realismo dos veículos ou na interação com o ambiente, como a criação e destruição de terreno.
A trilha sonora é um espetáculo à parte, transportando o jogador para o início dos anos 80 com suas composições em 8-bit no estilo do lendário Chip MOS 6581. Momentos como ouvir uma versão retrô de Miserlou de Dick Dale enquanto você enfrenta desafios só intensificam a experiência.

Controles únicos e interação inteligente
Embora eu tenha jogado mais no teclado, ficou claro que o jogo ganha uma nova vida ao ser jogado com controle. Os comandos, diferenciados e criativos, tornam-se um atrativo por si só, especialmente quando o jogo brinca com suas escolhas de design, como usar gatilhos para pular, ou no teclado e mouse, usando o botão direito pra isso. Apesar da falta de uma mira tradicional, a precisão do movimento em 2D garante que o jogador saiba exatamente para onde está apontando.
Carisma que conquista
Talvez o maior destaque de Moons of Darsalon sejam os próprios Darsanautas. Apesar de não terem expressões faciais, sua animação e carisma são cativantes. É quase impossível não sorrir ao ver um deles dançando após completar uma fase.

Vale a pena?
Moons of Darsalon é uma experiência que equilibra nostalgia e inovação. Ele entrega puzzles bem pensados, uma trilha sonora cativante e uma estética visual encantadora. Embora seja simples de se adaptar, ele mantém a essência de jogos que desafiam o jogador a cada etapa. Se você é fã de indies e sente saudade dos dias dourados dos jogos retrô, Moons of Darsalon merece um lugar na sua biblioteca.
Com toda a sua personalidade e charme, o jogo prova que mesmo em uma indústria dominada por grandes estúdios, há espaço para produções menores brilharem.