E os live actions da Disney não cansam de polêmica. Nesta última quinta-feira (08), o presidente do setor de filmes da companhia deu uma declaração polêmica. Em uma postagem em sua conta do twitter ele defendeu os agradecimentos feitos à entidades chinesas acusadas de abuso aos direitos humanos nos créditos de Mulan.
Sean Bailey afirmou que isso seria “uma prática padrão pela indústria de cinema mundial” em uma carta virtual endereçada ao político inglês Ian Duncan Smith.
O caso ganhou forma quando o filme saiu na Disney+ agradecendo a oito órgãos diferentes do governos chinês em Xinjiang que estão envolvidos diretamente ao rompimento dos direitos humanos com grupo étnicos minoritários no país.
Embora o filme tenha sido quase todo gravado na Nova Zelândia, para algumas cenas que exigiam paisagens características específicas ele levou a produção para solo chinês. Em virtude disso, os polêmicos créditos foram feitos.
Segundo esse mesmo político, a única justificativa é a de que a companhia norte americana quer agradar a todo custo sua contrapartida oriental. Afinal de contas, a maior parte da bilheteria de qualquer projeto grande, vide Venom e Vingadores: Ultimato, veio de lá.
Junto dessa potência econômica, o governo chinês também é bem restritivo quanto ao que chega nos seus cinemas e, embora não haja uma política específica para os créditos, toda obra passa por um crivo exigente que já censurou diversos filmes.
Isso já pode ser visto na redução do número de vilões asiáticos nós últimos anos e tende a ser mais frequente. Filmes como Mulan e Shang-Chi são sintomas dessa faca de dois gumes que, de um lado reflete uma preocupação com representatividade, mas que por debaixo do tapete são muito mais comerciais do que sociais.