“Eles podem dizer, podem dizer que tudo parece loucura, eles podem dizer, eles podem dizer que enlouqueci, eu não ligo, então me chame de louco. Nós podemos viver em um mundo que nós criamos”
Talvez o maior presente de natal deste ano para você seja ver a historia de P.T. Barnum (Hugh Jackman) nos cinemas. O Rei do Show (The Greatest Showman) traz um grande elenco como Zac Efron, Michelle Williams e mais em um filme que deu vida a um 2017 que não apresentou muitas coisas a serem inesquecíveis no cinema. Mais o incrivel é que apesar disso Hugh Jackman conseguiu marcar o ano com dois grandes filmes Logan e O Rei do Show.
No filme P. T. Barnum, um showman que tem uma tendência natural de enganar seu público, decide montar um circo na esperança de ficar famoso. Durante sua saga há ainda uma importante questão pendente em sua vida, uma paixão cega pela cantora Jenny Lind. Aqui vai aonde o filme te pega, o inicio, a abertura é única, poucas vezes no cinema um filme conseguira te puxar para a tela na primeira cena, e as poses de Hugh Jackman como Barnum convencem até quem não gosta de musicais. Tive a oportunidade de assistir a convite da Espaço Z em uma sala que possuía um sistema de som incrivel, assim como Dunkirk, seria bem interessante que você possa assistir o filme uma sala como essa para melhor apreciação do grande show. Não preciso dizer que um ator que nasceu na Broadway iria fazer bonito em mais um musical, Hugh Jackman arrasa, arrepia, canta, dança e atua. Em Os Miseráveis, no papel de Jean Valjean o ator não dançou, apenas marcou seu personagem com uma belíssima atuação, mas a espera acabou, podemos ver o senhor Wolwerine na sua melhor forma, sapateando, dançando e cantando e sendo implacável.
Duas das quatro melhores cenas do filme são protagonizadas por Zack Efron aqui um ator de 1ª categoria convencido por Barnum a entrar no seu circo, mesmo contra a vontade da sua família, alias a cena de convencimento aonde Zack canta e dança junto com Jackman é uma das melhores cenas que vi no cinema este ano, divertida demais. Alias a cena de Efron com Zendaya (que aqui faz mais que uma expressão, ponto para a direção) é tão bem feita e construída que emociona até os corações mais duros e sem amor.
A direção tem um toque tão delicado, que parece uma relação poliamor entre ela, roteiro e fotografia que fara você ter grandes orgasmos na sala de cinema. Em todos os momentos as musicas se encaixam muito bem, os atores, nenhum deles canta de médio para ruim, mas sim TODOS CANTAM DE LINDAMENTE PARA PERFEITO. Um dos momentos mais lindos e bem cantados do filme é da Rebecca Ferguson, interpretando Jenny Lind, dublando a musica Never Enough, ta ai uma critica ao filme, algumas cenas poderiam ser cantadas ao vivo como ocorreu em Os Miseráveis. Mesmo assim esse é um dos pontos do filme mais incríveis, momentos estamos no cinema, outro momento na Broadway e depois lembramos que estamos no cinema de novo.
As musicas por sí só são de uma mensagem linda, (eu sou suspeito, já baixei o disco no Itunes). Um momento talvez mais incrivel é a mensagem de todos os membros do circo, pois Barnum recruta as pessoas que se escondem atrás da sociedade, pois a discriminação e o preconceito sempre existiram, e a mulher barbada é a maior cantora do picadeiro, não vou mentir, adorei isso!
O filme tem muitas facetas, mas uma delas é uma abordada nem por mim, mas pelo amigo DuduFlix, “o filme mostra que a gente não mudou muito, os mesmos preconceitos existem hoje e a sociedade parece não ter evoluído”. Em um mundo cada vez mais intolerante O Rei do Show nós mostra o real motivo de irmos ao cinema.