Não sabia muito bem como fazer essa crítica, tendo em vista que ao sair do cinema, me decepcionei de forma tão grande por um filme que (pelo plot) tinha tudo para mudar e fazer história no cinema nacional como um Super Bad brasileiro.
Falta de tudo, desde ritmo, até momentos minimamente coerentes, músicas escolhidas para fazer parte do filme passam a ser irritantes. Por mais que o longa seja baseado em uma peça de teatro famosa, O Último Virgem tem momentos constrangedores de tão ruins.
Os esteriótipos criados, até mesmo com traficantes que tem o seu chefe o grande ator André Ramiro, repetem de maneira nada natural o que o seu chefe diz, gerando assim não incomodo, mas uma tentativa sem graça de ser engraçado. Atuação da outra parte do elenco é completamente fraca, desde Dudu (Guilherme Prates) que entrega um personagem estereotipado, não existe virgem sentindo graça da sua virgindade, os momentos constrangedores do filme ficam mais para o Stifler Brasileiro (Lipy Adler) ou mais conhecido como Escova, o mais idiota dos personagens, mas não é um idiota sincero, fica chato quando percebemos que o ator está atuando, ou seja, não se vê atuação, mas um fingimento em atuar.
Fiorella Mattheis entrega uma professora sedutora que faz de tudo para não ensinar, mas seduzir seus alunos, mas acaba ai, não existe mais nada a acrescentar aqui. Bia Arantes com sua personagem Julia, entrega sim uma adolescente com problemas, mas infelizmente, como sua personagem não é a principal, sua capacidade que me fez ficar feliz no filme, mal teve tempo de tela. Sem momentos engraçados, sem situações que podem nos remeter a momentos que talvez alguém tenha passado, O Último Virgem é um filme que tenta ser de certa forma o primeiro American Pie do Brasil, mas não dá, a ideia que foi passada e até comprada, não se repercute no filme.
O roteiro de L.G. Bayão e Lipy Adler não convence em nenhum momento, infelizmente todo o filme fica claramente chato, tinha momentos que pareciam eternos, aonde não se poderia levar a sério nada, não vi em nenhum momento a urgência do porque o personagem deveria perder a virgindade. Em alguns momentos eu ri, tendo em vista que grande parte das piadas que acontecem já são conhecidas e este colunista que escreve aqui, ainda é um jovem, mas talvez o roteiro quis passar uma ideia que não se consiste na narrativa, de que ele precisa perder a virgindade custe o que custar.
O grande problema do filme são três, piadas sem graça, atuação fraca e tudo muito superficial. A superficialidade do filme se consiste em uma coisa, você esta vendo algo e é transportado para a história, mas não existe esse acontecimento, o filme em nenhum momento consegue te levar para dentro, porque claramente ninguém ali existe, logo a história é quase nula. Estava torcendo demais por este filme, mas infelizmente não deu.
Não vi É Fada, da Kéfera, filme tão criticado até aqui, mas duvido fortemente que este tenha sido o pior filme nacional lançado este ano. O Último Virgem é uma oportunidade perdida.
O Último Virgem estreia em 1° de dezembro.
Revisado por: Raquel Moscardini