Quando Wyrdsong foi anunciado em 2022, prometia ser um RPG de fantasia histórica ambientado em Portugal na era dos Cavaleiros Templários, com um mundo aberto repleto de mistérios sobrenaturais. O hype entre os fãs de RPGs ocidentais foi imediato, impulsionado por nomes de peso como Jeff Gardiner (líder de Fallout 76) e Charles Staples (veterano da Obsidian), reconhecidos por criarem mundos gigantes e narrativas ricas.
No entanto, o projeto começou a enfrentar dificuldades financeiras quando o financiamento da NetEase foi cortado há cerca de um ano. Desde então, a Something Wicked Games perdeu grande parte da equipe, incluindo Staples e Will Shen (ex-líder de missões de Starfield, que havia deixado a Bethesda para se juntar ao time). Com menos recursos, Gardiner tomou uma decisão drástica: abandonar o conceito de RPG de mundo aberto.
“A maneira como aprendi a fazer esses jogos exige muitas pessoas, o que significa muito dinheiro, que simplesmente não está disponível na indústria”, explicou Gardiner em entrevista à PC Gamer.
Mudança no escopo e futuro do projeto
Agora, Wyrdsong passou por uma reformulação completa, reduzindo seu escopo para um jogo de zonas exploráveis, ao invés de um mundo aberto. Além disso, foi integrado um sistema roguelite, que, segundo Gardiner, combina com a temática do jogo, que explora o pós-morte.

O projeto sobrevive com uma equipe mínima, ou como Gardiner descreve, um “time de esqueletos”, enquanto busca novos investimentos ou parcerias com uma publisher. Ainda assim, ele admite que a situação é delicada:
“Estamos apenas tentando nos segurar para superar a tempestade, que muitas pessoas achavam que acabaria em 2025, mas eu não vejo essa realidade de forma alguma atualmente.”