Após passar cinco anos na cadeia, Debbie Ocean (Sandra Bullock) é solta em liberdade condicional. No primeiro dia livre, volta a cometer delitos. É uma vigarista de primeira classe. Também pudera, é irmã do famoso ladrão Danny Ocean (George Clooney).
“Oito Mulheres e Um Segredo”, spin off feminino da refilmagem da trilogia de “Onze Homens e Um Segredo (2001-2007), tenta reviver a esfera extravagante e luxuosa de mirabolantes e ilógicos planos de roubos.
Vale ressaltar que a trama original é de 1960 e protagonizada por Frank Sinatra.
A primeira tarefa de Debbie é reunir o time de perfeito de mentes brilhantes, cada uma com seu talento específico: Lou (Cate Blanchett); Rose (Helena Bonham Carter); Amita (Mindy Kaling); Constance (Awkwafina); Nine Ball (Rihanna) e Tammy (Sarah Paulson).
O plano de Debbie Ocean é audacioso: Em apenas três semanas de preparação, roubar o colar de diamantes, avaliado em 150 milhões de dólares, que a celebridade Daphne Kluger (Anne Hathaway) usará durante o prestigiado Baile de Gala do MET, que reúne famosos anualmente em Nova Iorque.
O grande ponto alto de “Oito Mulheres e um Segredo” é a qualidade, a diversidade e, sobretudo, o carisma do elenco feminino. As protagonistas estão à vontade com suas personagens e se divertem durante a projeção, para o deleite do público. Todas as oito atrizes tem o seu momento em cena.
A moda define o tom contemporâneo, fashion e os estilos de personalidade das oito mulheres. Palmas para Sarah Edwards, a designer de moda que assina o figurino, que contou com peças de grifes famosas, como Stella McCartney, Prada e Viviane Westwood e joias da Cartier. A trilha sonora dita o ritmo ágil da edição do filme.
O roteiro simples não guarda maiores surpresas em relação à trama original. O foco do filme é o planejamento e a execução do plano de roubo da joia, com altas doses de humor e diversão. “Oito Mulheres e Um Segredo” tem como propósito divertir o público com uma comédia moderna e animada. A originalidade da trama é seguir a velha receita do bolo que todos gostam.
Em época de empoderamento feminino, igualdade salarial e representatividade na indústria do entretenimento, projetos cinematográficos protagonizados exclusivamente por mulheres são muito bem vindos.