Um Thriller dramático sem muitas pretensões, que cumpre muito bem seu papel para quem o assiste sem grandes expectativas.
Paixão Obsessiva é dirigido por Denise di Novi e estrelado por Katherine Heigl e Rosario Dawson, nos papéis de Tessa e Julia. O filme começa pelo seu final e se desenvolve num passado próximo, onde Julia após superar seu antigo relacionamento agressivo, se muda para uma pequena cidade para morar com o seu noivo Dave (Geoff Stults); ao chegar lá, Julia se depara com Tessa, ex mulher controladora, que não superou o fim do seu casamento com Dave, e a filha deles a pequena Lily. Com o desenrolar do filme vemos Tessa colocar cada vez mais as suas garras de fora.
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A atuação de destaque do filme é de Heigl. Apesar de não ter muita experiência em interpretar psicopatas com transtorno obsessivo compulsivo, se sai muito bem com Tessa. O papel que é mistura a loira do banheiro com um socialite americana serviu como um luva; Katherine consegue ser fria e ‘creapy’ na medida certa, trazendo toda a atenção para si, carregando boa parte do filme nas costas. Apesar de não ser uma vilã cativante, pela qual você torce ela com certeza é a melhor personagem no filme, que consegue em certas cenas até dar um certo arrepio na espinha.
Rosario Dawson e Geoff Stults até estão bem no filme, mas não se destacam sendo ofuscados pelo frieza de Heigl. A pequena Isabella Kai, que interpreta Lily fica com a segunda melhor atuação; Lily ao contracenar com Tessa consegue ficar assustada e fria, e com os outros personagens, consegue se comportar (quase) como uma criança normal; essa capacidade de mergulhar nas cenas e demonstrar aquilo que elas precisam, fazem com que a interpretação de Isabella seja um destaque, ainda mais pela sua pouca idade.
Em termos de trilha sonora, as músicas são perfeitamente encaixadas nos momentos do longa, com direito a sons que tentam melhorar o clima de tensão. E falando de fotografia, as cenas tem uma paleta de cores interessante, mas o destaque fica pela paisagem das locações escolhidas. Um dos maiores destaques do filme fica nos figurinos, que representam e ajudam a compor cada um dos personagens. No caso de Tessa, o branco e cores mais pálidas, somadas a um figurino perfeitamente engomado e cabelos escorridos, externam a personalidade desequilibrada da personagem.
Paixão Obsessiva não é uma obra prima cinematográfica, mas também não é um péssimo filme; o longa pode ser colocado como um thriller mediano repleto de drama, que tenta ser um suspense de tirar o fôlego, mas só consegue dar uns arrepios na espinha; possui atuações de razoáveis a boas, e cumpre seu papel de entreter sem compromisso de um filme cult. Para quem vai sem expectativas, Paixão Obsessiva pode ser um filme interessante.