No próximo filme de animação em stop-motion do cineasta vencedor do Oscar da Netflix, Guillermo del Toro, até Gepeto fica arrepiado quando encontra pela primeira vez o alegre menino de madeira clamando em torno de sua oficina, Pinóquio.
Uma marca registrada da narrativa de del Toro, de Labirinto do Fauno e Hellboy e seu vencedor de melhor filme A Forma da Água, é que os seres que são inicialmente vistos como bizarros, assustadores ou não naturais, muitas vezes são ainda mais humanos e simpáticos do que as pessoas tidas como normais, que muitas vezes os temem ou desprezam.
O reverenciado diretor deu detalhes do novo filme, para a Vanity Fair e falou que esta versão do personagem viverá impactos significativos da sua vida sendo colocados em contexto com o mundo real, quando o governo passa até mesmo se interessar pelo boneco.
A narrativa pode parecer muito discrepante para quem já conhece o clássico da Disney, mas não para Del Toro que gosta de abordar temas politicos e sensíveis em suas obras.
“Ele é recrutado para o acampamento militar da vila, porque o oficial fascista da cidade acha que se esse fantoche não puder morrer, seria o soldado perfeito”
Guillermo del Toro.
O principal desafio do filme é que é um dos três filmes de Pinóquio que estreiam apenas este ano, em setembro, o Disney+ lançará um remake fiel em ação ao vivo dirigido por Robert Zemeckis e estrelado por Tom Hanks como Gepeto. No início deste ano, a Lionsgate lançou o Pinóquio: Uma História Verdadeira, animado digitalmente, que foi tão selvagemente ridicularizado online por seu design rudimentar e voz plana que provocou teorias da conspiração de que o título de baixo orçamento estava sendo deliberadamente comercializado para que o filme depois fosse visto pela curiosidade.
