Muito mais intenso que os antecessores, o novo filme de uma das franquias mais clássicas do cinema não decepciona em nenhum quesito.
O roteiro investe em muito mais drama, que é enfatizado pela carga emocional pesada que Cesar adquiriu ao longo dos filmes. A motivação do personagem, aparentemente simples, abre portas para uma história muito bem amarrada e que consegue recapitular eventos anteriores sem ficar parecendo que o filme está se explicando.
A direção de Matt Reeves traz cenas de prender o fôlego em vários momentos. Todas as cenas do filme foram construídas de forma que fossem focadas na performance dos atores, com foco em suas expressões faciais.
O ponto mais interessante da história fica por mérito de Andy Serkins, que interpreta Caesar. Todo o amadurecimento do personagem desde o primeiro filme sempre foi muito bem desenvolvido. Nesse, especialmente, é notável que a carga emocional do personagem influenciou suas ações, sua voz e até mesmo o seu jeito de andar. A atuação de Andy é espetacular e traz uma extrema profundidade para a história toda.
A fotografia usa tons cinzentos que combinam muito com o clima do filme e diferente de outras obras que utilizam essa paleta, o filme não ficou escuro e é um super ponto positivo.
A trilha sonora acompanha todo o filme de forma impressionante e valorizou muito a obra toda. Já os efeitos especiais estão como sempre espetaculares. As cenas em que há um close na expressão dos macacos nos mostra que a tecnologia da Motion Capture vem melhorando cada vez mais.
A mensagem do filme fica por conta da dramaticidade da história, com cenas intensas que mexem muito com você. Este filme em especial é mais filosófico e tem um fundo social extremamente forte.