O Cabana do Leitor assistiu os dois primeiros episódios da série Halo a convite da Paramount+ Brasil.
A história de Halo se desenvolve no fato da humanidade, após ter deixado a Terra para colonizar outros mundos, travou uma guerra sangrenta com uma organização alienígena chamada The Covenant.
Embora The Covenant supere a humanidade em tecnologia e poder de fogo, os humanos criaram “armas melhoradas”, os Spartans, super soldados geneticamente alterados com pouca ou nenhuma vontade própria. Master Chief, o personagem principal dos jogos, é a arma nuclear do arsenal, o melhor soldado. Para que a humanidade vença, as “chaves” espalhadas pelo universo devem ser mantidas longe das mãos dos Covenants.
E, se tem uma palavra que os roteiristas de Halo entenderam bem foi adaptação. A série inspirada no universo dos jogos e, que leva o mesmo nome em seu título e alguns personagens, não segue a história dos jogos ao pé da letra. Isso pode desapontar alguns fãs, mas é ótimo para trazer novos interessados e nos deixar vidrados no que pode acontecer. Mas calma, temos um cara em uma armadura tecnológica que luta com alienígenas, isso não mudou, viu?
Como disse, você não precisa ser íntimo da franquia para entender o universo, nos primeiros capítulos somos apresentados aos planetas e ao conflito entre humanos e alienígenas. Em um ambiente que lembra muito bem os antigos Star Wars ou talvez os mais antigos ainda Star Trek, Halo fez uma estreia de temporada boa.
Temos uma ambientação bem estruturada, personagens convincentes e, para quem desconhece as histórias dos anéis e da aliança alienígena, muito suspense!
Nós acompanhamos a história do soldado da UNSC, John, que após muito tempo vivendo de maneira automática suas missões, começa a querer ter um entendimento maior de todo conflito apresentado no universo, confrontando não apenas seus superiores e inimigos, mas também a si mesmo. Ao lado dele, temos a tagarela Ha Kwan que o acompanha nessa jornada. Palmas para as armaduras e a maravilhosa atuação de Pablo Schreiber que convenceu muito bem como soldado veterano.
A ação é muito bem feita, como típico de séries sci-fi, a série começa com uma cena para prender você e então os episódios se seguram um pouco antes de vermos mais.
Adorei como o ponto de vista mudava entre as cenas de batalha para nos mostrar o que Chief via através de seu visor, uma referência clara aos jogos. Sim, nós conseguimos ver o clássico visor do jogo! E não apenas isso, fique de olho nas referências!
[rwp-review id=”0″]Logo nos primeiros episódios, conseguimos explorar o passado e ter possíveis antagonistas sendo desenvolvidos na trama. Halo me surpreendeu por ter se trabalhado muito bem no universo sci-fi (obrigada, Spielberg) e por ter me deixado curiosa sobre onde a jornada de Master Chief o levará. Isso pode ser a ascensão e a queda da série, viu.
Fora alguns erros comuns de adaptações de games, como por exemplo ser um pouco apressado e ter os diálogos um pouco corridos, Halo é uma série boa e promete nos mostrar muito mais do universo dos jogos se não cair no vazio que alguns roteiros de adaptações de jogos enfrentam.