A série Loki acerta em manter o tom de comédia, já que o personagem é sádico por natureza. A série pode ser bem exemplificada na frase: o que quer que você pense que vai acontecer está errado. Nossa surpresa, no entanto, foi a Disney+ liberar o segundo episódio – isso mesmo – aos presentes da cabine. Pois vamos aos comentários.
No final do piloto eu pensei que entendi o rumo que a série iria tomar, mas o segundo episódio conseguiu me surpreender e me ensinar que nada é o que parece nessa série. Você mesmo não sabe se o Loki é protagonista, antagonista ou anti-herói; sua única certeza é que ele é o deus da trapaça e vai te enganar de qualquer jeito.
Se você é Marvete, pode ser que suas críticas sejam mais contundentes que as minhas. Para um espectador de primeira viagem que não entende nada de MCU, os dois primeiros episódios me cativaram e, se disponibilizassem os outros episódios ali mesmo, eu assistiria todos.
O que eu que posso revelar antes do lançamento é que a trama vai se desenrolar a partir da prisão do trapaceiro pela organização TVA, uma agência que existe além do espaço e tempo para proteger a linha do tempo e evitar vértices temporais.
O deus acaba sem escolha nenhuma a não ser ajudá-los, já que pra ele escapar não é uma alternativa dentro das linhas temporais, e considerando tudo o que ele viu sobre seu passado e sobre seu futuro. Este é o segundo ponto relevante, já que, segundo os próprios agentes da TVA, eles já sabem o passado e o futuro do universo.
O trabalho deles é evitar qualquer mudança nessa relação tempo-espaço. Inclusive, é provável que Steve Rogers e Tony Stark também fossem presos se estivessem vivos, já que ambos foram essenciais na alteração do tempo-espaço. Ou não, já que nós iremos descobrir que há várias ramificações temporais e talvez eles só busquem alguém para culpa (no caso o Loki), mas isso é apenas uma teoria.
O terceiro ponto da trama volta àquilo que disse antes: não sabemos o papel de Loki ali. Principalmente ao final do segundo episódio, quando é introduzida uma nova personagem na trama, que deixou questões acerca do real controle da TVA sobre a linha do tempo, já que, para a aparição dessa personagem, era preciso uma alteração – que, ao meu ver, não teria sido permitida pela TVA – nessa linha.
Apesar de uma possível explicação já aparecer no segundo episódio, fica dúvida, pois o Loki é o deus da trapaça. Uma coisa é certa: isso é muito maior que o Loki.
Um detalhe que eu, fã de carteirinha de Harry Potter (a história, não a autora) percebi, é que o slogan da TVA é “For all time. Always”, justamente o oposto da célebre conversa dependente-coercitiva-abusiva entre Alvo Dumbledore e Severo Snape, “After all this time? Always”.
No mais, os efeitos e a fotografia da série estão maravilhosos. O figurino está muito bem elaborado e transmite a mensagem que a série deseja, e o cenário mais ainda, é extremamente interessante ver como na agência as tecnologias são extremamente avançadas, mesmo parecendo obsoletas, como as séries futurísticas do século passado.
Esse com certeza foi um detalhe marcante da caracterização da agência. Vocês podem esperar algo completamente diferente de WandaVision e de Capitão América e Soldado Invernal, Loki é algo completamente novo e extremamente intrigante, até mesmo para os que não acompanham o MCU de perto.
Loki estreia hoje (dia 9 de junho) no Disney+.
Revisado por: Anna Mosson.