Após sete longos anos de espera para muitos dos fãs, Prison Break está de volta na FOX com uma temporada fresquinha que promete uma trama forte e surpreendente.
Em 2010, a história foi encerrada com Michael salvando Sara da prisão por um crime que ela não cometeu e, assim, morrendo no processo. Ou pelo menos era o que todos achavam. Quando T-Bag é liberado de Fox River como um homem livre por ter sido um cidadão exemplar, ele recebe uma correspondência com indícios de que Michael ainda pode estar vivo em uma prisão no Iêmen. Seu primeiro movimento é ir contar para Lincoln, que está de volta em seus velhos hábitos e devendo cem mil dólares para uma gangue.
A premissa dessa nova temporada é como o fato de Michael estar vivo irá afetar a vida dos personagens e se esse ainda é o Scofield como conhecemos.
“Eu morri 7 anos atrás. Deixando para trás uma esposa, um filho e um irmão. […] Os mortos falam, se você der ouvidos.”
Com essa citação o episódio se inicia, enquanto passam imagens de Sara com seu filho e os origamis que Michael tentou enviar jogados fora em um bueiro. Sem dúvidas foi obra do novo marido de Sara, que conhecemos ao longo do episódio só para vermos ele levando um tiro e não sendo exatamente útil.
Após receber a foto pelas mãos, ou melhor, pela mão de T-Bag, Lincoln voa até Nova Iorque para mostrar a recém descoberta para Sara. Ela não quer acreditar, mas não podemos culpá-la. Sara não quer criar falsas expectativa e nem dar falsas esperanças para seu filho, também nomeado Michael.
O pequeno Michael já mostra sinais de ser tão inteligente quanto o pai e o tem, juntamente com seu tio Lincoln, como seres quase mitológicos, pois Sara vem contando sobre o tempo que eles passaram no Panamá.
O que nos deixa uma questão no ar, se ela estava sendo procurada por fugir da penitenciária, como ela pode estar vivendo uma vida normal de volta aos Estados Unidos? Talvez respondam essa incógnita ao longo dos próximos episódios ou talvez esperem que esse furo seja ignorado.
Neste novo plot, temos essa dupla de agentes de terno que estão seguindo Lincoln e invadem a casa de Sarah para matá-la, por terem descobrido o paradeiro de Michael. Como essa temporada ultrapassa os limites nacionais, essa nova ameaça parece maior e mais perigosa que a Companhia vista nas temporadas anteriores.
Ainda sem querer acreditar, Lincoln vai atrás da prova definitiva e desenterra o túmulo do irmão, não encontrando um corpo. Com isso, ele está decidido a ir para o Iêmen e busca ajuda com C-Note, que encontrou seu caminho no Islamismo e é a pessoa perfeita para levá-lo até lá sem que ele seja morto.
Michael está em uma prisão chamada Ogygia, onde estão apenas os políticos e os piores terroristas, de acordo com C-Note. Sona já foi ruim o bastante, será que essa é pior? Afinal, eles precisam não só tirar Michael de lá, como também conseguir sair do país.
Enquanto isso, T-Bag recebe um e-mail para ir ver um médico de próteses. O Dr. Whitcombe explica que ele recebeu um financiamento de alguém de nome “Outis” (do Grego “Ninguém”) para sua pesquisa, contanto que o primeiro paciente fosse ninguém menos que Bagwell. De início, T-Bag pensa em recusar, mas se lembra do que estava escrito na correspondência de Michael e aceita. Se ele já era ruim sem uma mão, quem pode imaginar o que ele fará com um mão robótica? Com certeza, isso já foi muito bem pensado por Michael ou quem quer que esteja por trás disso tudo.
“Pelas suas mãos você conhecerá a glória de sua progenitura e nosso mundo será consertado para sempre.”
Fernando Sucre aparece entrando de fininho no quarto de hotel e leva um soco bem dado de Lincoln. Não foi uma boa ideia, mas ele está disposto a ajudar, pois Michael era seu melhor amigo. No aeroporto, Lincoln o convence ficar e ajudar estando nos EUA, pois C-Note já está indo junto e ele fala árabe. A aparição foi curta, mas valeu para matar a saudade por enquanto.
No Iêmen, C-Note e Lincoln são emboscados para a morte. Mas a nova personagem Sheba, que também é o contato de C-Note no país os resgata e consegue uma visita em Ogygia. Mas, para isso, Lincoln precisa dar adeus a seu passaporte. Contra os avisos de C-Note, Burrows entrega seu passaporte americano. Só que, infelizmente, não tem nenhum Michael Scofield naquela prisão.
Apesar de sua existência estar sendo apagada, Michael está na prisão atendendo pelo nome “Kaniel Outis”. O nome de um terrorista preso por assassinato, associado com o Estado Islâmico para derrubar o governo. E, também, quem financiou a prótese de T-Bag, em teoria.
Quando Michael finalmente aparece, Lincoln o chama pelo nome, mas o mesmo finge não o reconhecer e pede para que o guarda o leve de volta para sua cela, terminando assim o episódio.
Durante os 43 minutos mais rápidos para quem estava assistindo, o episódio mostrou mais do mesmo, mas cumprindo o esperado. Um episódio bom e consistente, que trará um bom enredo e temporada. Apesar de todos esses anos fora do ar, Prison Break espera garantir seu espaço novamente utilizando de temas políticos atuais e relevantes.