Após “Os Defensores”, Danny Rand, o imortal Punho de Ferro, abandonou seus deveres na Rand Enterprises e passou a se dedicar na missão de manter Nova Iorque segura.
A segunda temporada estreia dia 7 de Setembro, na Netflix, mas já tivemos a oportunidade de assistir os 6 episódios iniciais, de um total de 10, e é possível dizer que a qualidade da série subiu desde seu primeiro ano.
A nova temporada começa apresentando as dificuldades que Danny está enfrentando em sua nova jornada. Depois de aceitar que seu papel como Punho de Fero, protetor de Kun Lun, se concluiu ao derrotar o Tentáculo, ele usa suas habilidades para manter a paz em Chinatown. Porém, enquanto tenta impedir uma guerra de gangues, seu irmão de consideração Davos (Sacha Dhawan) e Joy Meachum (Jessica Stroup) tem outros planos para ele e para o Punho de Ferro.
O enredo caminha de forma leve, sendo menos maçante, abandonando a narrativa que focava na empresa e no Tentáculo para enfatizar a historia dos personagens. Embora Danny tenha menos enfoque, Finn Jones se mostra mais confortável na pele do protagonista. O papel de Jessica Henwick como Colleen Wing tenta se distanciar da imagem de namorada do principal, ganhando um mistério envolta de sua família para desvendar e tendo ótimas interações com Misty Night (Simone Missick), de Luke Cage, que só tem a agregar na temporada.
Por outro lado, Ward Meachum (Tom Pelphrey), que era o personagem mais humanizado da primeira temporada, perde tempo de tela e não tem um papel necessariamente relevante, ainda que esteja tentando se recuperar dos eventos passados e restaurar seu relacionamento fraterno com Joy.
Joy está determinada a superar as mentiras que lhe foram contadas acerca de seu pai e, por isso, se envolve com Davos. Contudo, não se pode esperar cem por cento de lealdade nessa relação.
Já Davos quer retirar de Danny o poder do Punho de Ferro. Porque apesar de concordar que o herói já não tem mais a missão de proteger a cidade onde cresceram, ele discorda da forma que Danny lida com os bandidos de Nova Iorque e se acha mais merecedor. Apesar de ser um bom personagem, ainda falta uma motivação convincente para torná-lo um bom vilão como “O Rei do Crime” de Demolidor ou “Killgrave” de Jessica Jones.
Ainda em termos de vilania, a segunda temporada apresenta a nova personagem Mary Walker (Alice Eve). No início, ela é apenas uma vizinha de Danny que se mudou da Escócia, porém logo é revelado seu papel na história e a série acerta em abordar a desordem dissociativa de identidade, pois mesmo sob a temática de ficção, Punho de Ferro consegue se aproximar do espectador lidando com problemas da vida real.
Os 6 episódios contam com diversas cenas de ação e de luta, que tiveram uma melhora notável da primeira para a segunda temporada. Agora parecendo menos com uma mera coreografia, elas chegam a ser empolgantes e certamente mais críveis.
Punho de Ferro mantém a qualidade inferior comparada às demais produções da Marvel/Netflix. Porém, para aqueles que depois da primeira temporada desistiram da série ou não sabem se devem continuar, a segunda temporada conserta vários erros e mostra que tem um futuro promissor caso seja renovada para a terceira temporada.