O rapper cubano Eliéxer Márquez Duany, conhecido como El Funky, e declarado apoiador de Donald Trump, teve seu pedido de residência negado nos Estados Unidos e enfrenta a possibilidade de ser deportado em 30 dias.
O artista solicitou a residência com base na Lei de Ajuste Cubano de 1966. Contudo, com a recusa do pedido, ele tem menos de um mês para deixar o país e pode ser preso ao retornar à Cuba, seu país de origem. A situação é ainda mais emblemática porque, em 2021, o rapper lançou a canção “Patria y Vida“, vencedora do Grammy, que se tornou um dos hinos de guerra dos dissidentes cubanos residentes nos Estados Unidos. Em uma entrevista, El Funky declarou: “Se eu pudesse votar, teria votado em Trump. Ele é o presidente mais forte quando se trata de Cuba.”

O hino de protesto, que conquistou o Grammy, também se tornou um grito de guerra dos Cubanos sendo proibida no país. A música de hip-hop, cujo título se traduz como “Pátria e Vida”, repreendia diretamente o slogan revolucionário de Fidel Castro, “Pátria ou Morte”, servindo como hino não apenas para os imigrantes legais, mas também para a extrema direita americana que buscava apoio entre eles.
Apesar dos problemas enfrentados pelo cantor, nem mesmo os artistas que participaram do clipe, também dissidentes políticos, se manifestaram a seu favor. Da mesma forma, os deputados da Flórida Carlos Giménez e Mario Díaz-Balart, que anteriormente celebraram Márquez Duany e submeteram a letra de “Patria y Vida” ao Congressional Record (o registro oficial dos procedimentos e debates do Congresso dos Estados Unidos), permaneceram em silêncio.
Mesmo diante da iminente deportação, El Funky mantém seu apoio a Donald Trump. “Provavelmente há gente demais aqui”, diz ele. “Eu entendo a tentativa de se livrar daqueles que não deveriam estar aqui. Mas Trump deveria analisar cada caso individualmente.”